O âmago da questão no caso do estupro de garota no Rio de Janeiro

29/05/2016 às 06:20 Ler na área do assinante

Sabe-se lá por qual motivo, existe um grupo tentando desvirtuar a discussão sobre o estupro da adolescente no Rio de Janeiro.

Nesse sentido, a própria atuação do delegado do caso foi crucial. Ele, segundo a advogada da vítima, teria perguntado para ela, se tinha por hábito fazer sexo grupal.

Sem dúvida uma pergunta desnecessária, constrangedora e fora de propósito.

Ora, no vídeo divulgado nas redes sociais um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota inconsciente.

Pronto! De acordo com a lei, já está caracterizado o estupro. Não há mais pergunta nenhuma a fazer sobre a ocorrência do crime. Cabe a polícia apurar quem efetivamente participou, jamais investir contra a vítima, mormente sendo menor de idade.

Além disso, no vídeo, um dos homens que estavam no quarto com a adolescente diz ‘mais de 30 engravidou’.  Em depoimento à polícia, a vítima disse que, quando acordou, estava sendo observada por 33 homens, todos armados de fuzis e pistolas.

Assim, é inconcebível a atitude do tal delegado. O crime ocorreu e a obrigação da polícia é apurar quem foram os criminosos. Qualquer questionamento à conduta da vítima reveste-se de atentado contra a própria sociedade. Justamente por esse tipo de situação que muitas vítimas preferem o silêncio.

Lamentável!

Amanda Acosta

da Redação
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