A Farra da impunidade… Procuradora alerta que dinheiro apreendido poderá ser devolvido aos criminosos (veja o vídeo)
22/04/2021 às 15:55 Ler na área do assinanteA quadrilha lulopetista está definitivamente de volta a ativa. E isso só vem sendo possível após decisões controversas de ministros da Suprema Corte, que soltaram condenados, anularam processos e, pior, estão a ponto de “jogar no lixo” absolutamente todo o trabalho de mais de uma década para desarticular o maior escândalo de corrupção que se tem conhecimento no país.
Primeiro foi Edson Fachin, em março, quando anulou as condenações do “apedeuta” Luís Inácio, ao considerar que a 13ª Vara de Justiça de Curitiba não teria mais competência para julgar os crimes da Lava Jato relacionados aos processos contra ele (Triplex do Guarujá, Sítio de Atibaia, Sede do Instituto e outros mais que viriam na enxurrada de acusações e delações premiadas).
Dias depois, veio a decisão da 2ª turma do STF, pela suspeição de parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no julgamento dos mesmos processos, o que tornou todo o trabalho irregular. Curiosamente, além de Kássio Nunes Marques, Edson Fachin foi o outro ministro que votou contra a suspeição de Moro. Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, favoráveis, foram acompanhados pelo “voto supresa e alterado de última hora” de Carmen Lúcia (que já havia decidido anteriormente pela não suspeição).
E em votação iniciada na tarde desta quinta-feira (22), poderemos assistir, a “o martelo bater no último prego no caixão da Lava Jato”, com o julgamento do caso pelo colegiado (todos os 11 membros), o que pode jogar por terra todos os demais processos originados a partir da operação, em um efeito dominó, destruindo o trabalho da própria justiça, que recebeu as denúncias, dedicou milhões de reais, milhares de profissionais e de horas de trabalho na investigação e na confirmação de provas que levaram aos julgamentos e à recuperação de bilhões de reais desviados dos cofres públicos (e ainda há muito a se recuperado).
Dinheiro que, aliás, pasmem, pode voltar justamente para os bolsos dos acusados e também dos já condenados, cujos processos e penas também poderão ser anulados.
Todos poderão, assim, voltar à vida pregressa, sem grades, algemas e tornozeleiras eletrônicas, aguardando placidamente a prescrição dos crimes e rumando suas vidas felizes … tudo com a anuência da “justiça”.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan, na manhã desta quinta, a jurista e procuradora Thaméa Danelon disse que é possível “que outros réus utilizem o entendimento de modo a anular as condenações proferidas por Moro, e que R$ 5 bilhões (será que há prova maior de que houve corrupção?) podem ser devolvidos.
“Estamos testemunhando o desmonte da maior operação anticorrupção do país. Estão sendo abertas as portas da impunidade”, finalizou Danelon.
Veja o vídeo:
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da Redação