Em apenas 5 meses, jornal mais antigo de Brasília sofre a terceira greve
21/04/2021 às 14:29 Ler na área do assinanteJornalistas do Correio Braziliense, o periódico mais antigo de Brasília, entraram em greve, mais uma vez, nesta terça-feira (20), após não receberem 50% dos vencimentos de março e parte do décimo terceiro salário de 2020. É a terceira vez que os funcionários do veículo “cruzam os braços” desde 1º de dezembro do ano passado.
À princípio, os colaboradores pararam as atividades em virtude de atraso na gratificação. Em seguida, em 5 de fevereiro, outra paralização ocorreu porque a empresa não havia quitado o salário de uma parcela expressiva de funcionários.
A greve desta quarta-feira (21), é realizada, coincidentemente, no dia em que o jornal comemora 60 anos de fundação.
“Não foram pagos 50% do salário de março, muito menos os 35% do 13º pendente”, afirma, em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal.
Com a pressão feita em cima dos empregadores, as entidades esperam que os valores sejam depositados até esta quinta-feira (22). Se isso não ocorrer, será realizada mais uma assembleia, com a participação de outros sindicatos.
A empresa tem descumprido prazos estabelecidos para quitar as pendências e, há pelo menos dois anos, o jornal não paga férias aos profissionais. Além disso, o salário só é pago em parcelas, os jornalistas estão há 20 meses sem ticket de alimentação e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não é depositado há seis anos.
O Correio Braziliense, fundado pelo empresário Assis Chateaubriand, na década de 60, tem cada vez menos assinantes e anunciantes.
Com Jair Bolsonaro, o corte das generosas verbas públicas certamente agravou bastante a situação.
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da Redação