Fim do desmatamento até 2030 é uma “meta que dá para cumprir”, afirma Salles (veja o vídeo)

16/04/2021 às 13:04 Ler na área do assinante

Em entrevista ao “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan, nesta quinta-feira (15), o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, assegura que o país tem o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030. A meta é desafiadora, mas, possível, de acordo com ele.

O chefe da pasta avisa que, em contrapartida, é preciso investir no controle e fiscalização; assim como no desenvolvimento econômico da região amazônica. Salles acredita que promessa é uma “meta que dá para cumprir”.

“Colocamos estrutura de batalhão para ações táticas ambientais com recursos do orçamento, recursos brasileiros e também planejamento que permite que esse volume de comando e controle seja aumentado substancialmente se houver recursos. É abertura de possibilidade da cooperação (internacional), colocamos a parte brasileira que colocamos fazer com nosso próprio recurso e colocamos também o recuso da possibilidade estrangeira. De outro lado, a outra parte são os incentivos e ações estruturantes, tem que fazer a regularização funcionária, tem que colocar a bioeconomia, dar incentivo econômico para as pessoas que vivem nessas regiões com maior índice de desmatamento”, explicou.

A posição do presidente Jair Bolsonaro, que encaminhou carta a Joe Biden, recentemente, se comprometendo a eliminar o desmatamento até 2030, a poucos dias da realização da cúpula climática, agendada para o dia 22 de abril, é entendida pelo ministro como resultado da boa relação entre os países.

“São os planos de ações, estratégias, visões, reconhecimentos dos reais motivos do desmatamento. São 23 milhões de pessoas deixadas para trás, outros ministros e outros governos não cuidaram das pessoas. Elas continuam vivendo na região mais rica do país com o pior índice de desenvolvimento humano. Como apresentamos essas medidas de combate ao desmatamento ilegal, de comando e controle; também apresentamos medidas de incentivo econômico, de apoio às pessoas. Andam os dois caminhos ao mesmo tempo e é isso que se discutirá no que diz respeito ao desmatamento”, esclareceu, ressaltando que o Brasil é responsável por apenas 3% das emissões globais, enquanto Estados Unidos, Europa e China representam 15%, 14% e 30%, respectivamente.
“O Brasil se apresenta, se voluntaria, se coloca como um dos que vai ajudar a resolver. Também queremos que o contrário aconteça. Da mesma forma que ajudamos a resolver o problema das mudanças climáticas, que não é causado majoritariamente por nós, também queremos ajudar no desmatamento ilegal”, concluiu.

Confira o vídeo:

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Fonte: JPNews

da Redação
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