Envolvido na Lava Jato, o ministro do Planejamento Romero Jucá teve gravada de forma oculta, uma conversa comprometedora com Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro.
Os diálogos ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No intrigante papo, Jucá afirma para o seu interlocutor que uma ‘mudança’ no Governo Federal resultaria em um pacto para ‘estancar a sangria’ representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.
Machado manifestava ao atual ministro sua preocupação de ter o seu caso enviado para a 13ª vara criminal de Curitiba, para as mãos do juiz Sérgio Moro, e chega a fazer uma ameaça:
"Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu 'desça'? Se eu 'descer'...".
Mais adiante, ele enfatiza: "Então eu estou preocupado com o quê? Comigo e com vocês. A gente tem que encontrar uma saída".
Jucá concordou que o caso de Machado ‘não pode ficar na mão desse Moro’ e acrescentou que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional ‘com o Supremo, com tudo’.
O senador relatou ainda que havia mantido conversas com ‘ministros do Supremo’. Algo bastante semelhante do que disse o ex-senador Delcídio ao filho de Nestor Cerveró.
Machado ainda diz o seguinte:
‘Eu acho o seguinte, a saída [para Dilma] é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais.’
Na realidade, quem não aguenta mais é quem tem envolvimento em falcatruas.
O país só volta a calma quando o combate à corrupção for uma prática permanente.
Romero Juca confirmou a conversa, mas sustenta que em momento algum falou em interferir na Lava Jato.
Alheia à política e a politicagem, a Lava Jato prossegue...
O que a sociedade espera e que quem tiver culpa, quem praticou corrupção, quem botou a mão no dinheiro do povo brasileiro, que devolva a grana e receba a sua punição.
da Redação
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