
Lira critica e manda recado a Barroso: “A CPI não nasce à toa. Tem que ter um fato determinado"
10/04/2021 às 19:05 Ler na área do assinante
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a condução do Governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia da Covid-19.
Durante a realização de evento da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), na cidade de Arapiraca, em Alagoas, Lira afirmou não ser esse o momento de “apontar o dedo para ninguém”.
“A CPI não nasce à toa. Tem de ter um fato determinado e tem de ter as assinaturas. E ela tem de ter a ocasionalidade. Eu comungo da ideia de que esse momento não é momento de se encontrar culpados, de se apontar o dedo para ninguém”, disparou.
A instalação da CPI foi determinada pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (8).
Na campanha à presidência da Câmara, Lira já havia se manifestado contra a abertura de um CPI que tenha o governo como foco.
“Esse assunto não pode ser motivo de embates políticos para trazermos para a discussão traumas, interrupções bruscas democráticas”, explicou Lira, em janeiro deste ano, antes de assumir a presidência da Câmara.
O deputado justificou a posição contrária à CPI, afirmando que o momento é de imunizar a população.
“O momento é de se correr atrás de vacina seja lá onde ela estiver e apontar seringa e agulha no braço dos brasileiros. Esse é o momento. Daqui a dois, três meses, esses culpados vão estar morando em outro lugar, vão estar apagadas as provas? Vão estar escondidas as evidências? Não.”
E continuou a dizer que a pandemia não deve ser politizada.
“Eu não estou, com isso, dizendo que quem errou não pague. Quem errou vai pagar. O preço de 300 mil vidas é muito alto para qualquer sociedade. Mas, não neste momento e não desta maneira”, argumentou.
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Fonte: Estadão