BNDES, uma verdadeira ‘mãe’ para a Venezuela. Foram mais de 12 bilhões de dólares em financiamentos
Entre as dez obras mais caras financiadas pelo BNDES no exterior, quatro foram feitas na Venezuela
06/06/2015 às 04:54 Ler na área do assinanteO BNDES, diante da pressão que sofreu, tanto do TCU (Tribunal de Contas da União), como do próprio Congresso Nacional, para dar mais transparência aos empréstimos que concede com dinheiro público, se viu obrigado a ampliar o chamado "BNDES Transparente", fato que ocorreu na terça-feira (2), tornando público documentos antes considerados restritos, o que na última campanha política foi bastante explorado pela oposição, principalmente com relação ao financiamento da construção do Porto Mariel, em Cuba e diversas gigantescas obras na Venezuela.
Os recursos são provenientes quase que totalmente do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Entre as dez obras mais caras financiadas no exterior pelo banco de fomento brasileiro, pelo menos quatro foram feitas na Venezuela, incluindo ai, a obra mais cara, a Usina Siderúrgica Nacional, ao custo de 865,42 milhões de dólares, contratada em dezembro de 2012.
Ainda para a Venezuela, o BNDES repassou 637,89 milhões de dólares para a implantação de um estaleiro para a construção, reparos e manutenção de reparos de embarcações. A contratação foi feita em setembro de 2011. O banco público também repassou 527,84 milhões de dólares para a construção da linha II do metro de Los teques, na Venezuela, com 12 km de extensão e 6 estações em seu percurso. E para a construção da linha V do metrô de Caracas, o banco destinou 368,33 milhões de dólares.
Somente com essas quatro grandes obras foram destinados recursos na ordem de 2,4 bilhões de dólares. No total, incluindo todas as obras financiadas naquele país, chega-se a astronômica cifra de 12 bilhões de dólares investidos na Venezuela. Dinheiro que pertence ao povo brasileiro.
Diante de tudo o que vem sendo descoberto com relação às grandes obras no Brasil, fica o questionamento: Será que nessas obras no exterior não houve o pagamento de milionárias propinas?