“O que estamos vendo agora são prefeitos que se julgam mais poderosos do que o presidente e ministros do STF”, afirma analista político (veja o vídeo)
06/04/2021 às 20:14 Ler na área do assinante
Alexandre Kalil (Reprodução)
O Jornal da Cidade Online recebeu os analistas políticos Gustavo Gayer e Renato Barros, comentando os assuntos mais relevantes da política nacional.
Gayer relembrou a decisão do STF que deu poder a governadores e prefeitos para gerirem ações contra a pandemia e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, decidiu não aderir à decisão do ministro Kássio Nunes, mas acabou voltando atrás.
“Agora se tornou normal no Brasil não respeitar instituições, não respeitar a lei, não respeitar a Constituição. E, o que estamos vendo agora são prefeitos que se julgam mais poderosos do que presidente e ministros do STF”, analisou Gayer.
Outro tema central foi a atuação do Brasil na vacinação, principalmente quando comparado a países da Europa, uma vez que a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que há lentidão na vacinação em países do continente e chegou a classificar como “inaceitável” esse processo.
Olhando para o cenário brasileiro, Barros foi categórico:
“Mesmo diante dessa pandemia, Bolsonaro sendo atrapalhado por tudo e todos, sendo sabotado, STF tramando contra ele, pessoas de dentro do governo tramando contra ele, ainda assim, ele consegue disponibilizar mais de meio bilhão de vacinas compradas, ele consegue continuar fazendo obras. O Governo Federal não parou, continua fazendo obras. E, com tudo isso acontecendo, bate recorde de vacinação”, frisou o analista.
Doria, para confrontar o presidente Bolsonaro, já cogita uma união com Lula. Barros acredita que “este cenário é para fortalecer o Lula devido sua popularidade”, ressaltou.
Para Gayer, a esquerda sabe que agora o país está engatilhado para dar certo, por isso está atacando com mais força o governo.
“O perigo é eles tomarem decisões irremediáveis para impedir que essa prosperidade aconteça. Ao mesmo tempo em que estou otimista, fico apreensivo”, completou.
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