O estado do Rio Grande do Sul vive atualmente a pior crise de sua história, uma situação sem precedentes e sem qualquer perspectiva de solução.
O governo estadual sequer tem conseguido pagar em dia a folha de pagamento e se depara com novas ‘bombas’ diuturnamente.
Na realidade, o Rio Grande do Sul carrega há pelos menos 20 anos um peso grande do seu endividamento, fruto de déficits fiscais em 37 dos últimos 43 anos.
O ex-governador Tarso Genro, que antecedeu o atual, foi caprichoso na política de captação de recursos de terceiros e empréstimos para pagar a folha de pessoal e conceder aumentos sem haver receita prévia. Apesar disso, sequer chegou a pagar o piso dos professores, instituído pelo próprio Tarso, quando Ministro da Educação. Deixou uma ‘herança maldita’ para o atual governo.
A situação é deprimente e a população sofre. Evidentemente que isto acaba se refletindo em todos os municípios do estado.
Para o Rio Grande do Sul sair dessa crise monumental, será necessário a participação de toda a sociedade e a parceria da União.
Todavia, a situação da União também é complicada. A presidente afastada deixou um rombo de quase R$ 200 bilhões, conforme matéria publicada no Jornal da Cidade Online (veja aqui).
Na mesma esteira, caminha a cidade de Porto Alegre, assim como os demais municípios do Estado, todos enfrentando dificuldades. Ninguém está numa situação confortável.
Recentemente, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou um possível parcelamento dos salários de seus servidores. A possibilidade foi admitida pelo secretário municipal da Fazenda, Jorge Luis Tonetto, numa sessão da Câmara de Vereadores.
Entretanto, tudo indica que os vereadores estão totalmente alheios ao problema.
Como se nada estivesse acontecendo, esses representantes do povo, aprovaram na última semana um aumento nos seus próprios salários.
Segundo a presidência, não se trata de aumento, é uma reposição da inflação, de 9,28%.
Uma conduta inaceitável para um momento de crise.
Um acinte, demonstrando que os vereadores porto-alegrenses estão desconectados com a realidade e nenhum pouco solidários ao problema que aflige boa parte da população brasileira e, particularmente, o povo gaúcho.
Edmundo Zanatta
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