Suspeitíssimo da morte de menino de 4 anos, Dr. Jairinho assume vaga no Conselho de Ética da Câmara do Rio
03/04/2021 às 12:32 Ler na área do assinanteO vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) assumiu uma vaga no Conselho de Ética da Câmara Municipal, em 11 de março, três dias depois da morte do menino Henry.
Dr. Jairinho é investigado pela morte do enteado Henry Borel Medeiros, de 4 anos. O menino morreu na madrugada de 8 de março, na Barra da Tijuca. Ele estava sob os cuidados do médico e padrasto e da mãe, Monique Medeiros, e as circunstâncias ainda estão sendo analisadas pela polícia.
Segundo mãe do garoto, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Dr. Jairinho, Henry foi encontrado desacordado no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, e levado para o hospital. Um laudo obtido pela TV Globo mostrou que o menino já chegou morto na unidade de saúde.
Laudo apontou que o menino tinha várias lesões internas no corpo, indicando "laceração hepática causada por uma ação contundente e hemorragia interna" como causas da morte.
Uma ex-namorada do vereador confirmou que ela e a filha foram agredidas pelo político há cerca de oito anos, quando os dois mantinham um relacionamento. A testemunha foi ouvida por quase seis horas e relatou as violências sofridas por ela e a filha que, na época, tinha 4 anos.
Esta semana, o pai do menino morto, o engenheiro Leniel Borel, afirmou que o médico teria dito a ele que “fizesse outro filho”, na noite em que a família soube da morte da criança no hospital.
“Ele é muito frio. Assim que foi decretado o óbito do meu filho, Dr. Jairinho chegou perto de mim e, na frente de uma pessoa da igreja que frequento e de uma amiga minha, disse: ‘vamos virar essa página. Vida que segue. Faz outro filho'”.
E prosseguiu:
“Não tenho dúvidas de que Dr. Jairinho é culpado. Naquela noite no hospital, ele ficava junto aos médicos que tentaram salvar o Henry o tempo todo. A princípio, eu achava que era porque também era médico, mas agora percebo que era para acobertar o que realmente aconteceu”, recordou.
Leniel disse não acreditar na versão prestada em depoimento pela mãe do garoto, Monique Medeiros da Costa e Silva, e pelo padrasto de que foi um acidente a morte de Henry.
“Tenho certeza de que não é o que estão dizendo. Como uma criança saudável teria tantas lesões graves só de cair da cama?”, disse, acrescentando que o menino “tinha horror ao tio Jairinho”.
E completou:
“Suspeito de que aquela cena do quarto do casal, onde teria sido achado caído, foi armada. Meu filho tinha horror e não ficaria na cama dele. Ele dormia no seu quarto, onde tinha uma caminha que acabei de comprar e foi entregue lá. Deixei o meu filho perfeito naquela noite e horas depois ele estava morto, inchado, num hospital. E ainda queriam que eu achasse isso completamente normal”.
O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), do Rio de Janeiro, deve entregar, em até 15 dias, o laudo da reprodução simulada feita nesta quinta-feira (1), no apartamento onde a criança morava com a mãe e o padrasto. A conclusão da investigação definirá se a polícia aceita a tese de que houve um acidente doméstico ou se o menino foi alvo de um crime: nesse caso, o casal, que estava com ele na noite da morte, pode ser até indiciado.
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