Val Marchiori: o tortuoso caminho entre a coluna social e a coluna policial

Val Machiori, a socialite, bela, rica, elegante e falastrona, voltou a ser Valdirene Aparecida, seu nome de batismo, RG, Boletins de ocorrências e, como consta no processo que lhe move o Ministério Público pelo cometimento do crime do colarinho branco.

A moça de família humilde do interior do Paraná, filha de um pequeno agricultor, que entrou para o mundo empresarial e depois casou-se com o bilionário Evaldo Ulinski, está sendo processada por ter, mediante fraude, tomado financiamento oriundo do Programa BNDES de Sustentação do Investimento – BNDES PSI -, no valor equivalente a R$ 2,79 milhões.

A acusação contra Valdirene é de violação do artigo 19 da Lei 7492/86 – obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira, o que poderá render uma pena de reclusão de dois a seis anos e multa.

Nesta quinta-feira (19), logo que a notícia começou a circular, Valdirene Aparecida se antecipou e divulgou uma nota à imprensa rechaçando as acusações. Confira o teor da nota:

‘Alguns veículos de comunicação noticiaram na manhã de hoje que eu, Val Marchiori, teria sido denunciada pelo Ministério Público Federal pela suposta prática do crime de falsidade ideológica.

Espanta-me que a imprensa disponha dessa informação antes de mim e de meus advogados, uma vez que o procedimento por meio do qual fui investigada, e no qual cabalmente restou demonstrada minha inocência, tramitou em sigilo e ficou indisponível para consulta desde o oferecimento da denúncia.

Considerando, então, que eu e meus advogados ainda não tivemos conhecimento do exato teor da acusação, não a discutirei agora.

Registro, porém, que nada fiz de errado. Todas as minhas atividades, bem como as da empresa Torke, foram e são absolutamente lícitas e regulares.

Repudio veementemente a acusação, e tenho a certeza de que o Poder Judiciário não se deixará pressionar e impressionar pela publicidade indevidamente dada a esse caso. Confio, assim, na rejeição da denúncia.’

da Redação