“Gilmar tem vários ministros que tomam a decisão depois de conversar com ele. Esta é a realidade”, revela senador Kajuru (veja o vídeo)

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Em entrevista à TV Jornal da Cidade Online, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), falou sobre assuntos que estão no centro dos debates políticos e o principal deles é o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante entrevista, o senador explicou que, em ação junto com comentarista político Caio Copolla, entrou com abaixo-assinado para o impeachment do ministro. Kajuru acredita que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tem uma tarefa nas mãos que precisa ir para frente.

“Se ele engavetar tanto o pedido de impeachment do Alexandre de Moraes, que 97% do Brasil deseja, quanto engavetar a CPI da Covid, as eleições de 2022 poderão dar um recado muito ruim para ele nas urnas”, completou o senador.

Nova forma de escolha dos ministros

Para Kajuru, a escolha dos ministros não deveria ser feita pelo Presidente da República e sim “por um conselho no Congresso Nacional e ter tempo de mandato”, defende.

“O mandato, para mim, não poderia ser superior a oito anos. Alguém para chegar ali deveria ter um currículo invejável, a demonstração inquestionável do seu preparo, do seu conhecimento jurídico e do que ele fez antes”, ressaltou.

STF, Lula e Sérgio Moro

“Momento melancólico para o STF entre muitos outros”, foi como Kajuru definiu o julgamento sobre a suspeição do então juiz Sérgio Moro nos processos ligados a Lava Jato com o ex-presidente Lula como réu. Ao analisar o julgamento do Supremo, o senador diz que “o que causou mais indignação foi a mudança de voto dela”, disse ao se referir à ministra Carmem Lúcia, durante voto favorável ao Lula.

Kajuru entende que a Operação Lava Jato foi positiva para o país e permitiu a “devolução de bilhões de reais roubados aos cofres públicos”. E, acredita que o julgamento do STF foi uma ação pessoal ao juiz Sérgio Moro.

“Você pode concordar com alguns erros espetaculosos na investigação da Lava Jato, mas você não pode discordar da eficiência do trabalho da Lava Jato, ao, pela primeira vez no Brasil, prender milionários. Quem imaginava o dono de uma grande empreiteira na cadeia, um presidente da República, um senador, um deputado federal?”, explica.

“Gilmar tem vários ministros”

O senador Kajuru deixou claro que alguns ministros do STF esperam orientações de algum de seus pares para formular seu voto.

“Gilmar tem vários ministros que tomam a decisão depois de conversar com ele. Esta é a realidade. Ele tem poderes ali dentro do Supremo Tribunal Federal, não só fora, ele tem ali dentro com os outros ministros, não todos.
Ele não tem com o Barroso, não tem com o Luiz Fux, ele não tem com Edson Fachin e, agora, ele viu que não tem também com Kássio Nunes, ainda mais depois dessas ofensas”, analisou Kajuru.

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