SP registra 1.021 mortes por Covid-19 em 24 horas e uma questão surge: será que o lockdown funciona mesmo?
24/03/2021 às 06:08 Ler na área do assinanteSão Paulo registrou, nesta terça-feira (23), a incrível marca de 1.021 mortes em decorrência da Covid-19, em apenas 24 horas. Este foi um número recorde desde o início da pandemia; o que é de se estranhar bastante já que o Estado está em fase emergencial há semanas. Esta, inclusive, é a fase mais restritiva de todas.
As informações constam no site da Secretaria Estadual de Saúde e provam que São Paulo – o Estado dos “infinitos lockdowns” – contabiliza, agora, 68.623 óbitos causados pelo coronavírus. E, por isso mesmo, Jean Gorinchteyn, Secretário de Saúde, apressou-se a explicar o “equívoco”, em entrevista à GloboNews, nesta terça-feira (23), justificando que os registros de novas mortes não são computados de um dia pro outro e que as tais notificações podem ser de períodos anteriores e que chegaram atrasadas.
"Apesar de chocarem, porque são vidas que se perderam, eles não retratam essas 24 horas. São dados que eram represados no final de semana e que foram aportados de forma abrupta agora nos dados de terça-feira", alegou, sem explicar por que a média de falecimentos dos últimos sete dias também bateu recorde. O valor é 70% maior do que o registrado há 14 dias, o que indica forte tendência de alta na epidemia.
Alheio aos números contrariando a teoria, Gorinchteyn continua afirmando:
"Diminuir a circulação de pessoas é também diminuir com ela a circulação do vírus. (...) Estamos sempre clamando por ajuda, mas ainda vemos as pessoas nas ruas", disse.
O número de pacientes internados com Covid-19 subiu 113% em São Paulo em apenas um mês e, nesta segunda (22), 29.039 pessoas ocupavam leitos destinados à doença.
Já o número de pessoas em UTI no Estado é mais de três vezes maior do que em toda a Argentina, que possui uma população semelhante a de São Paulo com, aproximadamente, 44 milhões de habitantes.
O governador João Doria (PSDB) colocou todo o Estado na Fase Emergencial desde o dia 15 de março. A ideia, segundo ele, era restringir a circulação de, pelo menos, 4 milhões de pessoas e conter, drasticamente, o avanço da pandemia.
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Fonte: G1
da Redação