Bolsonaro divulga carta enviada por Joe Biden e frustra a “mídia do ódio”

18/03/2021 às 15:04 Ler na área do assinante

Joe Biden, presidente dos EUA, respondeu a uma carta encaminhada por Jair Bolsonaro, em janeiro deste ano, e defendeu que Brasil e Estados Unidos trabalhem juntos nas áreas de clima e combate à pandemia da Covid-19. Ele sugeriu que o país participe da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) e a Cúpula do Clima, encontro que o governo americano realizará em 22 de abril.

O documento foi divulgado por meio de uma nota da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).

"Após enfatizar a responsabilidade comum dos dois líderes em tornar o Brasil e os EUA mais seguros, saudáveis, prósperos e sustentáveis para as gerações futuras, o presidente Biden saudou a oportunidade para que ambos os países unam esforços, tanto em nível bilateral quanto em fóruns multilaterais, no enfrentamento aos desafios da pandemia e do meio ambiente, em alusão ao caminho para a COP26 e para a Cúpula sobre o Clima, esta última a ser sediada pelos EUA em 22 de abril próximo."

Na carta, o presidente norte-americano mencionou as viagens que fez ao Brasil como vice-presidente dos EUA, durante a gestão de Barack Obama, em virtude do escândalo de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), que monitorou comunicações da petista e de ministros brasileiros.

"O presidente Biden sublinhou que não há limites para o que o Brasil e os EUA podem conquistar juntos. Destacou que as duas nações compartilham trajetória de luta pela independência, defesa de liberdades democráticas e religiosas, repúdio à escravidão e acolhimento da composição diversa de suas sociedades", acrescentou a Secretaria.

O aceno de empatia entre os dois líderes mundiais é uma grande vitória para o governo brasileiro porque, durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos, Joe Biden chegou a fazer ameaças à Gestão Bolsonaro, alegando que ele precisaria cuidar mais do meio ambiente ou Biden “reuniria o mundo” contra o Brasil e aplicaria sanções econômicas ao país.

Antes dos presidentes se falaram, um primeiro contato já havia sido feito pelo chanceler Ernesto Araújo. Ele entrou em contato com o Secretário de Estado americano, Antony Blinken e a resposta foi positiva. Após isso, o chefe do Itamaraty, ao lado do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente), realizou mais uma conversa com John Kerry, enviado especial para o clima da administração Biden e acertaram reuniões pontuais.

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