Neymar e pai enrolados com o MP, que irá denuncia-los criminalmente

Parte dos bens de Neymar e de sua família, como imóveis, carros e iate, está sob monitoramento do Fisco

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O Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil estão investigando Neymar e seu pai por sonegação fiscal, fraude contra a ordem tributária e falsidade ideológica com relação à transferência do atacante para o Barcelona.

O Fisco já decretou o arrolamento de bens do craque brasileiro.

O Ministério Público Federal deverá, nas próximas semanas, apresentar denúncia criminal contra o pai de Neymar e empresas envolvidas na venda do ídolo ao Barcelona. O procurador da República Thiago Nobre Lacerda, de Santos, investiga como foi feita a negociação com o clube catalão.

Em maio de 2013, o Barcelona anunciou ter contratado Neymar por cinco anos, por 57 milhões de euros (R$ 188,5 milhões) - bem menos que os 150 milhões de euros oferecidos pelo Real Madrid. O Ministério Público da Espanha concluiu que Neymar, na verdade, custou 66% a mais do que fora anunciado - 86,2 milhões de euros (R$ 284,5 milhões). Após o escândalo, o então presidente do clube, Sandro Rosell, renunciou ao cargo em janeiro de 2014. Ele é suspeito de manter uma sociedade oculta com Ricardo Teixeira.

Há três semanas, a Justiça espanhola levou Sandro Rosell ao banco dos réus, bem como Josep Maria Bartomeu, presidente do Barcelona, e o próprio clube catalão. Segundo os promotores espanhóis, houve sonegação fiscal de 13 milhões de euros (R$ 44,3 milhões, em valores atuais) na contratação de Neymar.A promotoria pede sete anos e seis meses de prisão para Rosell e dois anos e três meses para Bartomeu, além de multas para ambos e para o clube.

No Brasil, as investigações na Receita começaram no dia 6 de março do ano passado, quando auditores pediram explicações à N & N Consultoria Esportiva e Empresarial, cujos sócios são os pais de Neymar, sobre uma movimentação atípica da empresa: R$ 115 milhões entre 2011 e 2014.

O Ministério Público Federal deve oferecer duas denúncias: uma por falsidade ideológica, devido à suspeita de adulteração de documentos oficiais, e outra relacionada a crimes financeiros e tributários. O MPF também investiga um acordo de R$ 6,6 milhões firmado entre a N & N e o Barcelona para, supostamente, monitorar revelações das categorias de base. Os investigadores suspeitam que os serviços nunca foram prestados. Da mesma forma, estão sendo rastreados os R$ 8,2 milhões que teriam sido destinados, no papel, à fundação de Neymar.

Além da investigação da Receita e do MPF, o Santos entrou com representação na Corte Arbitral da Fifa, no dia 28 de maio, contra Neymar, o pai do atacante, a empresa Neymar Sports e Marketing e o Barcelona. O clube diz que foi prejudicado com a transação de Neymar com os catalães e que deveria receber um valor maior pela negociação.

O Grupo DIS, que detinha 40% dos direitos do craque, e a Teisa, dona de 5% dos direitos do atleta, também recorreram pedindo acesso aos documentos da transferência de Neymar para o Barcelona.

(Fonte revista Época)

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