Corrupção no Futebol: Egito denuncia que se recusou a pagar para sediar a Copa de 2010

O então vice-presidente da Fifa teria cobrado sete milhões de dólares em troca de votos

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O Egito denunciou ontem (4) os dirigentes da Fifa, segundo Aley Eddine Helal, ex-ministro do Esporte do Egito, o país se recusou a pagar US$ 7 milhões ao ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner, em troca de votos para sediar a Copa do Mundo de 2010.

O Egito estava na briga para sediar o Mundial daquele ano, mas teve apenas um voto a favor na eleição feita em 2004. A África do Sul foi a escolhida para receber o torneio.

"Eu não imaginava que a Fifa era tão corrupta. Jack Warner pediu US$ 7 milhões antes de votar. Eu disse ao presidente da Associação Egípcia de Futebol que o Egito não poderia participar de tal crime", disse Helal.

Helal, que fazia parte do comitê da campanha do Egito para a Copa de 2010, disse que permaneceu calado durante todo este tempo porque temia que o futebol do país sofresse sanções.

Ex-integrante do comitê executivo da Fifa, o norte-americano Chuck Blazer afirmou em depoimento à Justiça dos EUA que houve pagamento de propinas nas escolhas das sedes da Copa do Mundo de 1998, na França, e 2010.

Blazer disse que não apenas ele, mas também outros membros do comitê executivo, foram pagos para votar na África do Sul como sede.

A crise da Fifa saiu da esfera do futebol e transformou-se em um assunto de estado. Neste final de semana o G7, grupo composto pelos países detentores das maiores economias do mundo, deve discutir o assunto.

O grupo se reúne na Alemanha, com a presença de Barack Obama e Angela Merkel.

da Redação Ler comentários e comentar