A fixação de João Doria por cores

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Leio na Velha Mídia que o governador de São Paulo, João Doria, o Agripino, vai instaurar a “fase roxa” para controle da restrição de locomoção no estado. Lembremos que os paulistas já passaram pela “faixa vermelha” e “faixa preta”, e, antes ainda, pela “faixa sei-lá-qual-cor”.

Certamente essa atitude de Doria deixa claro que ele adora cores. Ele ama o colorido. Cores, cores e mais cores! É assim que a coisa funciona. Tudo bem colorido!

Mas, tirando a ironia acima, lembro aqui de um texto constante do meu livro, Escritos conservadores, onde analisei a “liderança” (as aspas são propositais mesmo) que o governador de São Paulo queria avocar para si, pretendendo o protagonismo político para o momento. Peço licença para transcrever parte desse texto aqui.

Percebam como o texto, datado de lá do início da pandemia, em abril do ano passado, se aplica como luva ao momento que estamos vivendo (obra citada, “sobre liderança”, pp. 210/212):

“O governador de São Paulo, João Doria, vem tentando usar a crise do vírus chinês para colocar-se na posição de ‘líder’ de alguma coisa.
Ele, na verdade, já usou essa palavra várias vezes desde que tudo isso começou, quando pretendeu antagonizar com o Presidente da República. Tanto em sua forma de verbo infinitivo – liderar –, como na de substantivo – liderança – e ainda de adjetivo – líder.
Doria, portanto, sempre usou a palavra ‘líder’ para falar de si próprio.
E isso me faz refletir sobre esse momento crucial que o Brasil atravessa, que é uma nítida ação de desestabilização do país para criação do clima caótico propício à mudança da ordem e do status quo, considerando que os períodos de tranquilidade da República costumam durar, em média, 30 anos, desde 1889, como já dito em um texto aqui. João Doria se acha um líder, mas ele não possui liderança alguma. Não tem carisma, não tem penetração junto às massas, e não tem sequer autoridade.
O que ele tem, de fato, é o apoio do sistema trabalhando a seu favor para a única alternativa que ele, sistema, aceita: a mudança do eixo do Poder, com a derrubada de Jair Bolsonaro e a entrada de qualquer um – repito: qualquer um – diferente do atual Presidente da República.
Quando essa guerra política que estamos atravessando passar – e ela passará –, se o lado de Jair Bolsonaro e da maioria do povo vencer, estaremos bem; mas se o outro lado, dos revolucionários e propagadores do caos, se sagrar vencedor, algo muito ruim emergirá disso tudo, e a frágil democracia brasileira ruirá igual a um castelo de cartas.
Não vai sobrar ‘Doria sobre Doria’, no final disso tudo. Mesmo se Jair Bolsonaro de fato for derrubado. Com efeito nessa trágica hipótese (de derrubada do verdadeiro líder brasileiro das últimas décadas, Jair Bolsonaro, que traz em si toda a legitimidade conquistada democraticamente), no Brasil que surgirá do caos João Doria não terá qualquer espaço de atuação.
Ele se prestará apenas ao serviço de quem estiver controlando o sistema, ou, ainda, para abrir espaço para a tomada do Poder pelo verdadeiro herdeiro da ‘revolução’ em andamento atualmente no Brasil.”

Como eu disse àquela ocasião, o governador de São Paulo está longe de ser um líder... Liderança vai muito além do que João Dória, o Agripino (que ama cores, repita-se), acha.

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Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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