Surge um novo partido para Bolsonaro concorrer em 2022

06/03/2021 às 15:40 Ler na área do assinante

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nem PTB, nem PSL, nem qualquer outra sigla maior existente. O presidente Jair Bolsonaro deve se filiar ao discreto Partido da Mulher Brasileira (PMB), se quiser disputar as eleições de 2022.

O “Aliança pelo Brasil”, partido que Bolsonaro pretendia tirar do papel, não conseguiu as assinaturas de que precisava para conseguir aprovação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro Luís Roberto Barroso.

No final de janeiro, em conversa com apoiadores, o chefe do Executivo chegou a reclamar da burocracia enfrentada para criar a nova sigla e adiantou que, se não conseguisse a concepção do partido, optaria por filiar-se em outro.

"Em março, vamos reestudar se o partido decola ou não. Se não decolar, a gente vai ter que ter outro partido. Senão, não temos como nos preparar para as eleições de 2022", explicou.

E completou:

"É muita burocracia, muito trabalho, certificação de fichas, depois passa pelo TSE também. O tempo tá meio exíguo para a gente. Não vai deixar de continuar trabalhando, mas vou ter que decidir. Não é por mim. Não estou fazendo campanha para 2022. Mas, o pessoal quer disputar em um partido onde tivesse simpatia minha. Então, esta é a intenção", criticou o presidente.

Já o PMB foi fundado em 2008 e obteve o registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015. O partido é presidido por Suêd Haidar e, apesar de pequeno e desconhecido, na última eleição municipal, conseguiu eleger 48 vereadores e uma prefeita.

Se as negociações avançarem, a legenda deve receber nova roupagem, além do apoio de Bolsonaro que, em 2018, alavancou a carreira de muitos novos políticos. Com o chefe do Planalto a seu favor, o PMB espera eleger senadores e deputados federais e muitos integrantes do PSL, que devem migrar para a nova sigla.