Lava-jato planejou dispositivo Anti-Bolsonaro nas eleições 2018... O "dispositivo" falhou...

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Diálogos de procuradores da Lava-Jato revelam que em janeiro de 2018, ou seja nove meses antes da eleição para presidente, o chefe da Força Tarefa, Deltan Dallagnol, planejou a criação de um site para referendar candidatos de ficha limpa. A proposta de aparente interesse público parecia boa, se não fosse por este detalhe: A cláusula Anti-Bolsonaro, uma tentativa de interferir nas eleições.

Chats obtidos com exclusividade pela reportagem, mostram Dallagnol e o diretor da ONG Transparência Internacional planejando queimar Bolsonaro pela questão ideológica, já que não pesa sobre ele nenhum escândalo de corrupção.

A cláusula Anti-Bolsonaro seria para que um filtro de passado limpo, não servisse de plataforma para “maníacos com ficha limpa, mas discurso de ódio fossem eleitos”.

Os diálogos estão no chat denominado “A Vingança” em que participam o chefe da Força Tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, o diretor da ONG Transparência Internacional, Bruno Brandão e o professor da FGV Michael Mohallem.

24 de Janeiro de 2018 – CHAT 10M + A Vingança
00:22:16 Deltan Quando é o lançamento do ranking da TI?
• 00:22:36 Deltan É compatível com o fantástico?
00:23:03 Deltan Bruno, fez a reunião com UOL? Seria bom se eles já
• 07:49:11 Bruno Brandão TI Transparência 21fev
• 07:53:13 Bruno Brandão TI Transparência Reunimos com a Folha ontem em SP e eles deram luz verde pra tentarmos incluir também UOL na parceria - tínhamos que dar esse primeiro passo. Eles gostaram muito da ideia da ferramenta informativa sobre o passado dos candidatos/filtro, mas não se mostraram tão entusiasmados com a “cláusula democrática” e a “cláusula compromisso com o pacote das Novas Medidas”. Temos que ver como fazemos essa costura...
• 07:54:15 Bruno Brandão TI Transparência Estamos falando em lançar a parceria no aniversário de 4 anos da Lava Jato.
• 07:55:01 Michael Mohallem Qual seria essa cláusula democrática mesmo?
• 07:55:43 Bruno Brandão TI Transparência Aquela ideia de ter algum dispositivo anti-bolsonaro
• 07:57:21 Bruno Brandão TI Transparência Pra que o filtro do passado limpo não sirva de plataforma pra esses maníacos com ficha limpa, mas discurso de ódio.

No mesmo chat, nominado pelos próprios promotores como “A Vingança”, Deltan revela que estava com insônia e temia uma catástrofe. O diretor da TI respondeu que os brasileiros iriam queimar as urnas elegendo Bolsonaro.

04 de Abril de 2018 – CHAT 10M + A Vingança
• 00:50:33 Deltan Rapaz, fazia anos que eu não tinha insônia. Estou tendo todas as últimas noites, algo que nunca tive seguido na vida tb
• 00:51:13 Deltan Para nós, amanhã será uma catástrofe. Nossa resposta será trabalho segue, fica mais distante a resposta que a sociedade quer, mas vamos buscar alternativas etc.
• 00:54:31 Bruno Brandão TI Transparência Isso aí será um retrocesso, mas não será um desastre. Desastre pode vir sim dessa radicalização cada vez maior. Assustador tudo isso que aconteceu hoje, essas ameaças do exército, população queimando boneco de juiz do STF... Se não queimarem tudo agora vão queimar nas urnas elegendo o Bolsonaro.

Procuradores da Lava Jato pressionavam a Força-Tarefa para uma manifestação oficial contra Bolsonaro. Neste trecho, Deltan Dellagnol comenta um texto contra o presidente recém eleito, escrito por ele e compartilhado nas redes sociais pela procuradora Jerusa Viecili. Veja:

Chat 10M + A Vingança 29 de outubro de 2018
• 21:09:44 Deltan Na verdade ela cometeu o pequeno lapso de pegar o texto sem avisar (ou pedir rs)... acho que ela tava na pressão de se manifestar, ela era uma das que mais queria que nos manifestássemos pra firmar posição contra o que o Bolsonaro falava. A maioria achou que seria muito interferir no processo eleitoral.
• 21:11:11 Deltan Se for questionado, fique à vontade pra falar que aquele texto pertencia a Vocês (pois era mesmo desde que o passei) e que circulou e que, como não saiu oficialmente, a Jersua se inspirou nele para se posicionar.

A tentativa de interferência nas eleições 2018 pelos procuradores da Lava-Jato era iminente. Desde 2014 não é segredo que participantes da Força-Tarefa mostravam simpatia pelo PSDB. O que chamou a atenção em um dos chats foi a fala do procurador José Robalinho Cavalcanti, um dos candidatos à lista tríplice para procurador-geral da República. Ele disse que entre Bolsonaro e Lula, votaria no candidato petista como já havia feito em 1989.

24 de Julho de 2015 Chat BD
• 00:31:52 Robalinho Sobre o bolsonaro quem viver verá. Sou velho o suficiente para ter corrido de cassetete da ditadura e já panfletava na oposição aos 8. Não me encantarei jamais com milico saudoso da gloriosa, mas não se enganem achando que ele não tem voto. Ele ou algo parecido.
• 00:59:40 Peterson MPF PGR Que ele pretende ser candidato disso é certo, e que terá muitos votos ...só espero que não o teu
• 01:00:47 Robalinho nem ele nem lula terão meu voto, pode estar certo pet. E em um eventual segundo turno com estas figuras ainda votaria em lula. Como votei em lula em 1989 no segundo turno; Aquelle pacado nunca cometi

Mesmo depois de Jair Bolsonaro ter sido eleito presidente da República, o chefe da Força-Tarefa da Lava Jato insistia na pauta Anti-Bolsonaro. Neste outro trecho dos diálogos que a reportagem teve acesso com exclusividade, Dallagnol disse que as postagens de sua colega Jerusa não eram com viés de esquerda, mas Anti-Bolsonaro, com novas tentativas de encontrar crimes nesta gestão, o que até agora não aconteceu.

09 de Janeiro de 2019 CHAT Privado
• 10:35:31 Thamea Oi amigo tudo bem? Um tuíte da Jerusa saiu no Estadão
• 10:35:40 Thamea Vc não acha q ela exagera muito?
• 12:21:06 Thamea Acho q ela anda muito esquerdista kkk. Mas enfim
• 12:21:14 Deltan Kkkk. Acho que nesse caso a cobrança é devida Tamis. Aparentemente ele deve explicações. Estrategicamente alguns de nós podem decidir não cobrar, mas é uma visão utilitária dos benefícios maiores que podem vir para a causa anticorrupção no curto e médio prazo e da necessidade de manter o canal aberto.
• 12:21:46 Deltan Na verdade não é tanto esquerda, mas anti-Bolsonaro
• 12:22:05 Thamea Acho q as críticas ao governo estão muito ostensivas. Mas enfim.
• 12:22:18 Deltan Não propriamente anti-Bolsonaro, corrigindo, mas contra coisas que ele defende
• 12:23:01 Thamea Acho q é contra Bolsonaro mesmo. Já vi vários posts dela nesse sentido. Mas enfim. Só me preocupo c a imagem de vcs.
• 12:23:17 Deltan Mas esse é nosso papel né, qdo diz respeito com nossa atuação... não vi outros, mas casos como esse e o do motorista ou ainda do Guedes tem fortes indícios de crimes graves
• 12:23:49 Thamea Mas não somos corregedores gerais da nação certo?

Neste outro trecho, Deltan compartilha um texto que sugere um pouco de lucidez na esquerda falando sobre machismo, homofobia e fascismo, referindo-se a Bolsonaro, na ocasião faz auto crítica à esquerda apontando já para a derrota nas eleições 2018.

12 de Outubro de 2018 – CHAT A VINGANÇA

• 12:51:23 Deltan Finalmente um pouco de lucidez na esquerda. De onde surgiu o Bolsonaro? (por Gustavo Bertoche - Dr. em Filosofia ) Desculpem os amigos, mas não é de um "machismo", de uma "homofobia" ou de um "racismo" do brasileiro. A imensa maioria dos eleitores do candidato do PSL não é machista, racista, homofóbica nem defende a tortura. A maioria deles nem mesmo é bolsonarista. O Bolsonaro surgiu daqui mesmo, do campo das esquerdas. Surgiu da nossa incapacidade de fazer a necessária autocrítica. Surgiu da recusa em conversar com o outro lado. Surgiu da insistência na ação estratégica em detrimento da ação comunicativa, o que nos levou a demonizar, sem tentar compreender, os que pensam e sentem de modo diferente. É, inclusive, o que estamos fazendo agora. O meu Facebook e o meu WhatsApp estão cheios de ataques aos "fascistas", àqueles que têm "mãos cheias de sangue", que são "machistas", "homofóbicos", "racistas". Só que o eleitor médio do Bolsonaro não é nada disso nem se identifica com essas pechas. As mulheres votaram mais no Bolsonaro do que no Haddad. Os negros votaram mais no Bolsonaro do que no Haddad. Uma quantidade enorme de gays votou no Bolsonaro. Amigos, estamos errando o alvo. O problema não é o eleitor do Bolsonaro. Somos nós, do grande campo das esquerdas. O eleitor não votou no Bolsonaro PORQUE ele disse coisas detestáveis. Ele votou no Bolsonaro APESAR disso. O voto no Bolsonaro, não nos iludamos, não foi o voto na direita: foi o voto anti-esquerda, foi o voto anti-sistema, foi o voto anti-corrupção. Na cabeça de muita gente (aqui e nos EUA, nas últimas eleições), o sistema, a corrupção e a esquerda estão ligados. O voto deles aqui foi o mesmo voto que elegeu o Trump lá. E os pecados da esquerda de lá são os pecados da esquerda daqui. O Bolsonaro teve os votos que teve porque nós evitamos, a todo custo, olhar para os nossos erros e mudar a forma de fazer política. Ficamos presos a nomes intocáveis, mesmo quando demonstraram sua falibilidade. Adotamos o método mais podre de conquistar maioria no congresso e nas assembleias legislativas, por termos preferido o poder à virtude. Corrompemos a mídia com anúncios de empresas estatais até o ponto em que elas passaram a depender do Estado. E expulsamos, ou levamos ao ostracismo, todas as vozes críticas dentro da esquerda. O que fizemos com o Cristóvão Buarque? O que fizemos com o Gabeira? O que fizemos com a Marina? O que fizemos com o Hélio Bicudo? O que fizemos com tantos outros menores do que eles? Os que não concordavam com a nossa vaca sagrada, os que criticavam os métodos das cúpulas partidárias, foram calados ou tiveram que abandonar a esquerda para continuar tendo voz. Enquanto isso, enganávamo-nos com os sucessos eleitorais, e nos tornamos um movimento da elite política. Perdemos a capacidade de nos comunicar com o povo, com as classes médias, com o cidadão que trabalha 10h por dia, e passamos a nos iludir com a crença na ideia de que toda mobilização popular deve ser estruturada de cima para baixo. A própria decisão de lançar o Lula e o Haddad como candidatos mostra que não aprendemos nada com nossos erros - ou, o que é pior, que nem percebemos que estamos errando, e colocamos a culpa nos outros. Onde estão as convenções partidárias lindas dos anos 80? Onde estão as correntes e tendências lançando contra-pré-candidatos? Onde estão os debates internos? Quando foi que o partido passou a ter um dono? Em suma: as esquerdas envelheceram, enriqueceram e se esqueceram de suas origens. O que nos restou foi a criação de slogans que repetimos e repetimos até que passamos a acreditar neles. Só que esses slogans não pegam no povo, porque não correspondem ao que o povo vivencia. Não adianta chamar o eleitor do Bolsonaro de racista, quando esse eleitor é negro e decidiu que não vota nunca mais no PT. Não adianta falar que mulher não vota no Bolsonaro para a mulher que decidiu não votar no PT de jeito nenhum.
Neste outro trecho, Dallagnol revela animosidade contra Bolsonaro e se mostra decepcionado com a votação expressiva no candidato do PSL no primeiro turno e faz uma “mea culpa” por esse resultado.
• 12:51:39 Deltan Não, amigos, o Brasil não tem 47% de machistas, homofóbicos e racistas. Nós chamarmos os eleitores do Bolsonaro disso tudo não vai resolver nada, porque o xingamento não vai pegar. O eleitor médio do cara não é nada disso. Ele só não quer mais que o país seja governado por um partido que tem um dono. E não, não está havendo uma disputa entre barbárie e civilização. O bárbaro não disputa eleições. (Ah, o Hitler disputou etc. Você já leu o Mein Kampf? Eu já. Está tudo lá, já em 1925. Desculpe, amigo, mas piadas e frases imbecis NÃO SÃO o Mein Kampf. Onde está a sua capacidade hermenêutica?). Está havendo uma onda Bolsonaro, mas poderia ser uma onda de qualquer outro candidato anti-PT. Eu suspeito que o Bolsonaro só surfa nessa onda sozinho porque é o mais antipetista de todos. E a culpa dessa onda ter surgido é nossa, exclusivamente nossa. Não somente é nossa, como continuará sendo até que consigamos fazer uma verdadeira autocrítica e trazer de volta para nosso campo (e para os nossos partidos) uma prática verdadeiramente democrática, que é algo que perdemos há mais de vinte anos. Falamos tanto na defesa da democracia, mas não praticamos a democracia em nossa própria casa. Será que nós esquecemos o seu significado e transformamos também a democracia em um mero slogan político, em que o que é nosso é automaticamente democrático e o que é do outro é automaticamente fascista? É hora de utilizar menos as vísceras e mais o cérebro, amigos. E slogans falam à bile, não à razão.
Procuradores da Lava Jato queriam, de forma forçosa, convencer Bolsonaro a assinar um compromisso para nomear o PGR que eles tinham interesse. “Acho também muito pouco provável que Bolsonaro assine. Ele não vai se comprometer com o ponto da nomeação do PGR a partir da lista tríplice. Ele já disse que não seguiria a lista se vier só com esquerdistas”, disse Bruno Brandão, da Transparência Internacional, que também fazia parte do grupo.
19 de outubro - CHAT A VINGANÇA
• 20:32:10 Bruno Brandão TI Transparência 1) suprimir ou modificar esse ponto (e mandar pro outro candidato tb uma nova versão - o que teria que ser bem feito, pra não gerar mal entendido e nos constranger)
• 20:32:51 Bruno Brandão TI Transparência Com esta opção poderíamos tentar manobrar pra ter a adesão dos dois.
• 20:33:26 Bruno Brandão TI Transparência 2) manter como está e focar no compromisso do Bolsonaro
• 20:59:39 Bruno Brandão TI Transparência Acho também muito pouco provável que Bolsonaro assine. Ele não vai se comprometer com o ponto da nomeação do PGR a partir da lista tríplice. Ele já disse que não seguiria a lista “se vier só com esquerdistas”.
• 22:19:18 Deltan Há risco de usarem essa mudança pra atacar a lista e Vcs
• 20 Oct 18
• 11:38:37 Bruno Brandão TI Transparência Eu nem sei se o lado do Bolsonaro leu.
• 11:38:45 Bruno Brandão TI Transparência Foi só o Paulo Marinho que recebeu.
• 11:39:37 Bruno Brandão TI Transparência Temos que convencer o lado do Bolsonaro. Haddad já está disposto a assinar (se modificamos o ponto 9 pra algo como o patamar da Ficha Limpa).
• 17:49:52 Michael Mohallem Patamar ficha limpa fica bom hein
• 22 Oct 18
• 01:07:20 Deltan tb acho
• 01:07:27 Deltan e é bem justificável
• 01:07:36 Deltan (aidna q o ideal fosse diferente)
• 01:09:24 Deltan quiser me enviar, posso enviar pro Onyx, dizendo que Vc compartilhou comigo depois de enviarem pro Paulo Marinho, e dizer que sabendo que ele é comprometido c essa causa e é um democrata etc, creio q tb verá como positivo etc...
A pauta Anti-Bolsonaro dos procuradores da Lava Jato, a tentativa de interferir nas eleições 2018 e as tentativas de forjar provas para incriminar Jair Bolsonaro e o complô contra Flávio Bolsonaro foi relevante para o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, designar o subprocurador José Adonis Callou de Araújo Sá para acompanhar o inquérito 58 de 2021 do STJ e investigar os procuradores da Lava Jato. A portaria de designação foi publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira, 02 de março. Entramos em contato com a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal que informou que “alguns veículos utilizam supostas mensagens para alinhar a atuação da força-tarefa ao governo Bolsonaro, enquanto outros as utilizam para apontar o contrário, o que só demonstra que o material de origem criminosa e sem autenticidade tem sido usado para criar diferentes teses, de acordo com o interesse político do veículo, mediante seleção, deturpação e edição dos materiais.”. Veja a nota na íntegra:
1. Os procuradores da República que integraram a força-tarefa Lava Jato reafirmam que não reconhecem a autenticidade e a veracidade das mensagens criminosamente obtidas por hackers que estão lhe sendo atribuídas. Os supostos diálogos constantes nessas mensagens, editados, descontextualizados e deturpados, vêm sendo utilizados de forma deliberada e sistemática para fazer falsas acusações contra a operação, sem correspondência na realidade, por pessoas movidas por diferentes interesses que incluem a anulação de investigações e condenações.
2. No caso específico, ainda que os diálogos tivessem ocorrido da forma como apresentados – embora não se reconheça o seu conteúdo, seja pelo tempo, seja pela ordem em que são apresentados, seja pelo conteúdo – as mensagens levam a conclusão oposta à pergunta da repórter, uma vez que o texto enviado remete a propostas de combate à corrupção e defesa da democracia, pautas apartidárias.
3. Não se pode deixar de notar que alguns veículos utilizam supostas mensagens para alinhar a atuação da força-tarefa ao governo Bolsonaro, enquanto outros as utilizam para apontar o contrário, o que só demonstra que o material de origem criminosa e sem autenticidade tem sido usado para criar diferentes teses, de acordo com o interesse político do veículo, mediante seleção, deturpação e edição dos materiais.
Sandra Terena. Jornalista.

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