A mesma “justiça” que adere à “bandidolatria” condena os mais vulneráveis
03/03/2021 às 14:48 Ler na área do assinanteRealmente estamos vivendo momentos que parecem preceder o fim dos tempos. Na medida em que vigem, soberanas, a estupidez e a malignidade, não há dúvidas de que estamos adentrando nos últimos dias da civilização tal como a conhecíamos. Se ao longo dos milênios evoluímos para algo melhor, para o “florescimento humano” (plena realização humana), mediante a pavimentação do caminho que nos trouxe universidades, poderes executivo, legislativo e judiciário, assim como política, cultura, sistemas de saúde, economia de mercado, etc, na medida em que tais instituições (e valores a elas atinentes, como conhecimento, justiça, liberdade, bem comum, saúde, etc) colapsam, os efeitos de sua dissolução certamente farão ruir nossos pilares fundacionais, o que, parece, é justamente o objetivo dos bárbaros que hoje monopolizam instituições e cultura.
Em diversos textos, aqui no JCO e na Revista A Verdade, abordei questões mais recentes e urgentes, especialmente relacionadas com a atual pandemia, tais como lockdown, cerceamento das liberdades individuais, obrigatoriedade do uso de máscaras, revogação de direitos humanos tal como assentados de forma pétrea na ‘Declaração Universal dos Direitos Humanos’ (1948), etc.
Não obstante, apesar de todos os absurdos que tenho acompanhado, parece que sempre é possível testemunhar novas situações surreais que, tal como as medidas citadas acima, vêm em prejuízo de valores humanos fundamentais, como vida (saúde), liberdade, etc. Um exemplo dramático do atual estado de coisas ocorreu em minha cidade natal, Porto Alegre (POA/RS). Conforme noticiado recentemente, motivada pelo propósito de salvar vidas, a administração municipal havia decidido pela distribuição do “kit Covid”, o qual permitiria que a população (especialmente a mais vulnerável socialmente) recebesse o tratamento precoce (ivermectina, hidroxicloroquina, azitromicina .... ) para evitar o agravamento da doença e, consequentemente, a sobrecarga do sistema de saúde (e, claro, os óbitos). Afinal, como diz um antigo adágio, “prevenir é o melhor remédio”.
Todavia, esse adágio parece ter sido esquecido, especialmente por prefeitos, governadores e, claro, pelo judiciário em todas as suas instâncias, sobretudo se consideramos que ele tem se mostrado uma extensão (ou, como vulgarmente se diz, um “puxadinho”) “legal” de partidos de esquerda, dos quais se destaca o Psol, o qual tenta, aguerridamente, impedir nossa prosperidade, atuando diuturnamente para combater qualquer medida que proteja e fomente aqueles valores e instituições que assoalharam o caminho para a riqueza (moral e material) do ocidente. E, como não conseguem atingir tal objetivo de modo democrático, razoável e livre, avassalam o judiciário, o qual se submete docilmente a eles (se há alguma dúvida, vejam as ações recentes do Psol junto ao STF).
Desse modo, a partir de uma ação movida por membros de partidos de esquerda (especialmente do Psol), a “justiça” do RS determinou, em fevereiro/2021, a suspensão do tratamento precoce para Covid-19 tal como adotado pela secretaria municipal de saúde de POA. De acordo com a decisão judicial, a administração municipal não poderá distribuir os medicamentos que têm sido usados com alto grau de sucesso para evitar o agravamento da Covid-19, bem como a sobrecarga do sistema de saúde e, consequentemente, os óbitos. Mas qual seria a “justificativa” para tal decisão? Ora, de acordo com os autores da ação popular, e em conformidade com a decisão judicial, não haveria evidência da eficácia do tratamento precoce.
Como assim, “não há evidência”???
Todo aquele que realizou um mero trabalho de graduação tem uma noção elementar de como se faz uma pesquisa científica. Sei que a mediocridade grassa no meio acadêmico, em umas áreas mais do que em outras (ganhando destaque depreciativo as ditas “humanidades”). Afinal, houve, especialmente nas administrações do PT, uma banalização do ensino em todos os níveis. Se tomarmos como exemplo o curso de direito, veremos que no Brasil há em torno de 1.280 faculdades formando bacharéis, enquanto que em todo o resto do mundo existem em torno de 1.100 faculdades de direito (sim, o Brasil, sozinho, tem mais faculdades de direito que todo o resto do mundo). Isso, em meu juízo, não é um bom sinal, pois minha experiência docente revelou que a expansão de cursos traz uma colateralidade: a estultificação dos egressos desses cursos. Jovens muitas vezes analfabetos funcionais ingressam em universidades e delas saem sem se qualificar, sendo “jogados” no mercado de trabalho sem as devidas competências. Esse é caso, por exemplo, de muitos “especialistas” atuantes nas discussões sobre a pandemia. Hoje eles estão em todos os âmbitos. Mas não entrarei nesse ponto em particular, pois pesquisas cientométricas têm revelado o atual estado abjeto de nossas universidades. Eu mesmo já abordei esse problema algures no JCO
O que quero enfatizar, agora, é a incapacidade que muitos têm de fazer uma simples pesquisa quando se necessita de informações que não se restrinjam aos grandes meios midiáticos e às redes sociais. Nesse momento, por exemplo, médicos, juízes, professores, etc, simplesmente ignoram as pesquisas realizadas sob austeros requisitos metodológicos e se manifestam não em acordo com a Ciência, mas em harmonia com o que abunda na grande mídia e nas redes sociais, a saber, a estupidez.
De todo modo, eu também estou ciente de que muitos agem motivados não pela estultícia, mas pela malignidade, pela perversidade. Assim, tendo em vista a consecução de suas idiossincrasias ideológicas doentias, muitos estão cientes do mal que suas ações causam. Como tenho dito, há aqueles que agem por estupidez e há aqueles que agem perversamente, cônscios do mal que causam. Essa malignidade é evidente em ideologias como a do socialismo/comunismo, responsável por mais de 100 milhões de mortes apenas ao longo do século XX. Sem falar nas prisões, nos gulags, nos campos de “reeducação” (que hoje abundam na China comunista), etc. Portanto, não surpreende que simpatizantes dessas ideologias mórbidas defendam medidas que causarão miséria, sofrimento e mortes (como lockdown e proibição de tratamentos com altíssima probabilidade de sucesso): eles apenas estão seguindo o exemplo de seus “ídolos”: Lênin, Stalin, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Che Guevara, Fidel Castro e, claro, alguns brasileiros, como Carlos Prestes e Mariguela. Todos esses indivíduos, em distintas medidas, promoveram atrocidades em nome do ideal comunista. Seus asseclas nos dias de hoje parecem também não hesitar em propor a violação de direitos fundamentais, como vida e liberdade. Ou seja, agem em acordo com seus “modelos” e suas ideologias torpes. Seu propósito derradeiro? Pôr fim à humanidade tal como ela se consagrou espontaneamente. Daí sua obsessão em causar o colapso de nossas instituições e de nossos valores fundamentais.
Do outro lado temos os estultos, aqueles que sequer são capazes de fazer uma breve pesquisa acadêmica, se limitando ao que veem e leem na grande mídia e nas redes sociais. Se fizessem uma pesquisa séria, responsável e honesta, saberiam que o tratamento precoce tem, sim, evidências científicas em seu favor. Aliás, eu coloquei de forma didática essas pesquisas aqui:
Portanto, se aqueles que dizem não haver evidência da eficácia do tratamento precoce se ocupassem de, no mínimo, pesquisar e estudar, teriam acessado pesquisas como as que se encontram aqui (dentre inúmeras outras):
https://inproportion2.talkigy.com/do_lockdowns_work_2021-01-15.html
Também saberiam que alguns países estão implementando de forma bem-sucedida o tratamento precoce para evitar o agravamento da doença e o colapso do sistema de saúde. Ou seja, estão salvando vidas e protegendo a liberdade, valores fundamentais ou, ainda, pilares civilizacionais.
No momento em que escrevo esse texto, o Infográfico Transparência Covid-19 (Painel Saúde) registra que 100,56% dos leitos de UTI de POA estão ocupados. Agora, pergunto: se o tratamento precoce estivesse sendo devidamente prescrito, POA estaria diante dessa situação gravíssima? Mais: se o governador do RS estivesse aplicando, exclusiva e diligentemente, os R$ 40.9 BILHÔES recebidos do governo federal para o enfrentamento da pandemia, o RS estaria na atual situação calamitosa?
Creio que não.
Não obstante, como tenho insistido, o RS é um exemplo paradigmático de que as políticas públicas, e demais medidas atinentes à saúde, estão sob a coordenação de sujeitos sem perícia para deliberar sobre como proceder diante do atual contexto pandêmico. Não apenas isso, estão sendo influenciados por indivíduos motivados por suas ideologias infames. O resultado dessa combinação, entre malignidade e estultice, é desastroso, frequentemente conduzindo a graves violações de direitos fundamentais, como dos direitos à saúde e à liberdade.
Nesse sentido, quando refletimos sobre o que está ocorrendo, passamos a entender os recentes acontecimentos testemunhados também no RS, como estagnação econômica, sofrimento, escassez, violação da liberdade em todas as suas expressões, impedimento de acesso à saúde, indivíduos sendo agredidos e presos por tentarem trabalhar, grupos pacíficos sendo alvejados com balas de borracha para se dissiparem, toque de recolher, etc.
A meu ver, tendo em mente todos os estudos que crescentemente escancaram que o tratamento precoce tem altíssima probabilidade de eficiência quando prescrito no início dos sintomas, bem como que lockdowns não apenas não funcionam, mas podem aumentar o número de mortes em, talvez, 10.5% (“Does Social Isolation Really Curb Covid-19 Deaths? Direct Evidence from Brazil that it might do the exact Opposite”. SSRN; 2020. DOI: 10.2139/ssrn.3706464), julgo que estaríamos em uma situação econômica e humanamente auspiciosa se estivéssemos, desde o início, em acordo com a Ciência, seguindo rigorosamente o que diversos estudos e pesquisadores com notáveis credenciais acadêmicas têm revelado desde o início da pandemia.
Não obstante, continuamos sendo conduzidos, majoritariamente, por indivíduos intelectualmente desdenháveis, bem como por figuras vis que almejam o fim da civilização e o ingresso na barbárie. E, para a realização desse propósito, eles agem perfidamente, causando miséria, sofrimento e mortes. Como a história tem demonstrado (vide o caso do comunismo), esses sujeitos não se importam com as vidas individuais. Tampouco se importam com a miséria e com o sofrimento.
Quando vemos os acontecimentos sob essa perspectiva mais abrangente, “conectando os pontos”, nos apercebemos que a questão central, para a maioria de nossos prefeitos, governadores, etc, nunca foi “salvar vidas”. A pandemia foi apenas uma oportunidade para que eles pudessem violar, desafrontadamente, direitos fundamentais para, assim, levar a efeito sua ideologia nefasta, independentemente de quão danosa ela seja para a humanidade.
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