Distopia Brasil: digna de compaixão ou de gratidão?

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Gratidão. Brasil, país mais rico do mundo em flora, fauna, recursos hídricos e minerais. Terras tropicais sem catástrofes naturais de qualquer espécie aterrorizante (tsunamis, furacões, terremotos, erupções vulcânicas etc.). Merecidamente, conhecido como "coração do mundo".

Por outro lado...

Compaixão. Estado cujo povo está inconscientemente escravizado há décadas e, por ora, só faz alimentar o Leviatã que o explora pela institucionalização do imoral e do arbítrio, seja legislativo, judicial, governamental ou policial. Constituição socializante, leis péssimas, jurisprudências de conveniência piores ainda; manipulações grosseiras, travestidas de "interpretações". Compreensível: o vício humano atual e que comanda os órgãos do Estado é insanável. Mas há um alento: como "coração do mundo", Papai do Céu o deixou com resiliência inabalável.

Fatos. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Rio Grande do Norte, Amazonas, Araraquara, São Bernardo do Campo, e localidades diversas, todos fechados por decretos criminosos, que atentam descaradamente contra o regime pretensamente vigente, os pilares da República e as liberdades fundamentais mais básicas, como andar, falar, divertir-se, orar e autossustentar-se.

Multas, borrachadas, prisões, confiscos de mercadorias, invasões de domicílio. O presidente da República e seu ministro da Saúde, o general Pazuello, constrangidos, atacados, encurralados por partidos de esquerda sem voto, por cúmplices da OAB, do TCU, do Ministério Público, de juízes, do sistema de justiça como um todo. Compadeço-me com os bons servidores e profissionais, cerceados na expressão, coagidos a seguirem a cartilha hegemônica, ou amordaçados por perseguições interna corporis. O mar não está para peixe. Talvez, sequer haja vida marinha.

Cárceres privados, crimes de opinião, imunidade parlamentar no lixo, "cala a boca" nas redes, mentiras sob desfaçatez, distorções maliciosas de fatos, leviandades em juízos de valor, covardias no proceder difuso, porém, coletivamente orquestrado e com comando dissimulado e bem-definido. Fins justificando os meios. Toga falante, autoelogiando-se por garantir a "democracia" e "combatendo" (de ofício) "atos antidemocráticos", "milícias do ódio", "fake news". Constituição e leis, meras "bobagens".

Constatações. Essas e outras "coisinhas" inacreditáveis, dignas de um país em que autoridades se pautam por ganância, poder, ideologia, narcisismo, abusos, deboches, ironia, sadismo, sarcasmo, vitimoses, mediocridades, cumplicidades, compadrios..., tudo feito sob o verniz da ditadura do politicamente correto e da certeza da impunidade.

Hoje, "99%" de deputados e senadores do bem estão dentro da bolha cognitiva. Só falam em "defesa da democracia" e "respeito à Constituição". Os do mal, desconsidero-os por imprestabilidade. Até então, povo está à míngua de representação efetiva. Boas intenções e manifestações de indignação, por si, não suprem carências reais de oprimidos e famintos. Os valorosos parlamentares tendem a ficar magérrimos de tanto correrem em círculo!

"Juristas", "especialistas", "acadêmicos", "cientistas", soluções? Que nada: esperemos sentados, dormindo, meditando, anestesiados, hipnotizados. Se você, leitor, não é idiota, apostaria que não esteja gostando do experimento social em curso. Já estaríamos no ápice da distopia? Suponho que ainda não.

Prognose. Pergunta que não cala: o Brasil ficará assim, tal como deseja a vontade togada "iluminista" "democrata", e os protótipos de ditadores "cientistas" globalistas que nela se agarram com unhas e dentes para seguirem com seus "planos" inconfessáveis pró-"saúde"? Claro que não. Porque só há duas opções: i) Piorar ou ii) melhorar.

Como está, impossível permanecer, pois não existe vácuo no poder. Se quem tem o poder de direito silencia ou acata aberrações passivamente, não fazendo o que lhe compete, por consequência, quem não o tem, ao notar a brecha do titular (deixada por ignorância ou como isca de guerra, pouco importa), ousa e agiganta-se, usurpando nacos do poder que não possui. Fico com a segunda hipótese: o buraco negro parece sem fundo, mas é só aparência. Nada é eterno na vida; o homem não controla as consequências dos próprios atos. Veremos. E confiemos.

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Foto de Renato Rodrigues Gomes

Renato Rodrigues Gomes

Mestre em Direito Público, ex-oficial da Marinha do Brasil (EN93), escritor (autor da trilogia Conscientização Jurídica e Política, disponível na Amazon).

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