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Procuradores da “Lava Jato” acusam defesa de Lula de "farsa" em torno do conteúdo de mensagens roubadas
09/02/2021 às 19:00 Ler na área do assinante
Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas
Os procuradores que fizeram parte da força-tarefa da “Operação Lava Jato” classificaram como “farsa” a narrativa da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em torno do compartilhamento dos diálogos.
Os advogados do petista pretendem usar as mensagens hackeadas dos celulares de diversas autoridades, incluindo o ex-ministro e ex-juiz federal, Sérgio Moro e procuradores de Curitiba, para justificar que o grupo agiu com parcialidade ao condená-lo a nove anos e meio de prisão no caso do tríplex do Guarujá (SP).
Em nota coletiva, os procuradores rebateram as acusações e disseram que a ideia era “fantasiosa” com o “objetivo claro de anular processos e condenações”.
“A ideia de que se formou um grupo coeso de vinte procuradores e dezenas de servidores com diferentes opiniões e visões do mundo para, por meio da violação de regras e leis, debaixo de riscos pessoais e profissionais, perseguir injustamente alguém é absolutamente fantasiosa. A teoria conspiratória de que a força-tarefa perseguiu um ou outro político ou réu é uma farsa com objetivo claro de anular processos e condenações”, diz trecho do documento.
Os procuradores voltaram a afirmar que as mensagens não têm validade jurídica. Pois, foram obtidas, ilegalmente, em ataque cibernético. Na avaliação deles, o conteúdo só serve mesmo como prova no processo que acusa os próprios hackers.
“O único tipo de prova ilícita que lhe poderia aproveitar seria a exculpatória. Isto é: aquela que provasse sua inocência. Contudo, jamais se apresentaram supostas mensagens, ainda que ilegais e sem autenticidade aferida, apontando sua inocência ou então a prática de crimes pelas autoridades, a forja de provas ou a existência de um consórcio para persegui-lo ou puni-lo”, conclui a nota.
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