Força-tarefa da Lava Jato no PR chega ao fim depois de quase 7 anos

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Após quase 7 anos de atividade, a força-tarefa da Lava Jato, no Paraná, não existe mais, desde 1º de fevereiro.

Com o intuito de dar continuidade aos trabalhos, alguns de seus integrantes irão atuar no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF).

Durante sua existência, a operação teve 79 fases, cumprindo 1.450 mandados de busca e apreensão 211 conduções coercitivas, 132 mandados de prisão preventiva e 163 mandados de prisão temporária.

As investigações realizadas obtiveram materiais e provas que serviram como base para 130 denúncias contra 533 acusados, gerando 278 condenações (sendo 174 nomes únicos) chegando a um total de 2.611 anos de pena.

Foram também propostas 38 ações civis públicas, incluindo ações de improbidade administrativa contra três partidos políticos (PSB, MDB e PP) e um termo de ajuste de conduta firmado.

Além de combater a corrupção dentro do nosso país, a operação teve, também, um impacto internacional, com 383 pedidos de cooperação vindos de outros países para investigações de crimes praticados em seus territórios ou que envolvessem seus cidadãos.

A operação teve início com a apuração de um esquema de lavagem de dinheiro, envolvendo o ex-deputado federal José Mohamed Janene, duas empresas sediadas em Londrina, no Norte do Paraná, (CSA Project Financeira e Dunel Indústria e Comércio), o doleiro Carlos Habib Chater e pessoas físicas e jurídicas a ele vinculadas. Como a lavagem do dinheiro ocorria no Paraná, a investigação foi ancorada na Vara Especializada em Lavagem de Dinheiro do Estado.

Durante o tempo, foi constatada a prática de delitos relacionados à organização criminosa, evasão de divisas, falsidade ideológica, corrupção de funcionários públicos, tráfico de drogas, peculato e lavagem de capitais.

“O legado da Força-Tarefa Lava Jato é inegável e louvável considerando os avanços que tivemos em discutir temas tão importantes e caros à sociedade brasileira. Porém, ainda há muito trabalho que, nos sendo permitido, oportunizará que a luta de combate à corrupção seja efetivamente revertida em prol da sociedade, seja pela punição de criminosos, pelo retorno de dinheiro público desviado ou pelo compartilhamento de informações que permitem que outros órgãos colaborem nesse descortinamento dos esquemas ilícitos que assolam nosso país há tanto tempo”, afirma Alessandro José de Oliveira, coordenador do núcleo da Lava Jato no Gaeco.

Com 209 acordos de colaboração e 17 acordos de leniência, a operação já recuperou R$ 4,3 bilhões, com um ajuste para devolução de quase R$ 15 bulhões. Do valor recuperado, R$ 3 bilhões foram destinados à Petrobras, R$ 416,5 milhões aos cofres da União e R$ 59 milhões foram transferidos para a 11ª Vara da Seção Judiciária de Goiás – decorrentes de ilícitos que vitimaram a estatal Valec.

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da Redação Ler comentários e comentar