Assessor do presidente dá "aula política" e desabafa: "Quando Maia chora, o Brasil sorri"

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Nesta terça-feira (02), o assessor especial do presidente Jair Bolsonaro para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, usou sua conta no Twitter para desabafar.

Em um texto muito pontual e explicativo, Filipe demonstrou todos o seu alívio, e do governo federal, com a vitória do deputado Arthur Lira à presidência da Câmara e, principalmente, com a saída de Rodrigo Maia

Em uma série de ‘tuítes’, o assessor expôs os motivos pelos quais Maia foi considerado, desde o início do mandato de Bolsonaro, como um empecilho ao bom andamento do governo, sempre com suas ‘artimanhas’ para trancar pautas importantes, ao ponto de deixar caducar ‘MPs’ que beneficiariam sobremaneira a população, apenas para impor as vontades de sua autoridade legalmente questionável.

Leia na íntegra o que escreveu Filipe Martins:

“Em 2016, após a renúncia de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara, Rodrigo Maia inovou e articulou um tal de mandato tampão de Presidente da Câmara dos Deputados. Ali, de modo legalmente duvidoso, Maia ocuparia pela primeira vez a presidência da Câmara.
A primeira gestão de Maia como presidente da Câmara foi marcada pela sabotagem constante dos esforços de reconstrução do Brasil pós-impeachment, através de projetos pensados para minar o trabalho de Henrique Meirelles e que acabariam conhecidos como “bombas fiscais”.
Hoje, boa parte dos mais de R$ 300 bilhões em renúncias que agravam o déficit das contas públicas e inibem o poder de ação do governo federal possuem as digitais de Rodrigo Maia. Inacreditavelmente, a mídia tentava nos convencer de que ele defendia a responsabilidade fiscal.
Em 2017, ignorando a Constituição Federal (Art. 57, §4º) e o Regimento Interno da Câmara, Maia se lança candidato e, assim, ocupa a Presidência da Câmara dos Deputados mais uma vez de forma legalmente questionável e dá seguimento à sabotagem da reconstrução do Brasil.
Em 2019, contrariando novamente a Constituição Federal em seu Artigo 57, §4º, Maia sustenta que reeleição para legislaturas diferentes não se encaixa no veto constitucional, o que é obviamente uma violação das regras do jogo, e se lança candidato outra vez.
Com a ajuda de Joices, Bebbianos e Frotas, que sabotaram a articulação da Casa Civil e fizeram do PSL o primeiro partido a apoiá-lo formalmente (sim, o primeiro!), Maia se elege Presidente da Câmara de modo legalmente questionável pela terceira vez.
O argumento daqueles que minaram a construção de uma possível candidatura do Governo Federal era de que Maia seria o presidente que apoiaria as reformas estruturais. Nada mais falso: ele se mostraria o mesmo sabotador de sempre, trabalhando constantemente contra as reformas.
O Brasil tinha mais de 1 milhão de idosos carentes recebendo Bolsa Família e outros 2 milhões de idosos aptos a receber o benefício proposto no projeto original da reforma da previdência. Cada idoso recebia, à época, o valor do benefício básico do Bolsa Família, de R$ 89.
Ou seja, se Maia não tivesse sabotado a proposta do Governo, em vez de 1milhão de idosos carentes recebendo R$89 POR FAMÍLIA, teríamos 3milhões de idosos recebendo R$400 INDIVIDUALMENTE. Um casal idoso carente hoje conta apenas com R$89, sem a maldade de Maia receberia R$800.
Foi Rodrigo Maia quem inaugurou a campanha da mentira dizendo que Bolsonaro queria pagar menos que um salário mínimo aos idosos e não permitiu ao Presidente ter essa marca social em seu governo. Para sabotar o governo, Maia não teve compaixão com quem mais precisa de ajuda.
Depois, ele se negou a pautar privatizações e reformas; deixou caducar as MPs do balanço das empresas e da carteira estudantil; barrou a CPI da UNE; e até a MP da regularização fundiária, que permitiria ao Governo saber o CPF de quem comete crimes ambientais, ele engavetou.
Ao todo, foram quase 30 MPs que deixaram de beneficiar nosso país e nossa economia, graças a mesquinharia de Rodrigo Maia. Tudo, claro, com a cumplicidade da velha imprensa em geral e da Rede Globo em particular.
Uma de suas últimas sabotagem foi interditar, na reforma tributária, a desoneração da folha de pagamento, o que diminuiria os custos do emprego e formalizaria 30 milhões de trabalhadores informais. Felizmente, com a derrota de Maia, o governo poderá reverter esse bloqueio.
Os últimos dias, porém, colocaram Maia no lugar que lhe cabe na história. Isolado, perdeu o apoio do próprio partido e da Mesa Diretora eleita com ele. Bloqueou amigos no Whatsapp, berrou ao telefone e deu inúmeras declarações emocionadas e completamente sem nexo.
Esse é o fim de quem trabalhou durante quatro anos contra os demais parlamentares, contra dois presidentes da república, contra a agenda eleita nas urnas em 2018 e contra o povo brasileiro, bloqueando pautas de interesse do país em nome de um projeto pessoal de poder.
Agora resta a Maia trabalhar para ser ministro de alguma candidatura fadada a amargar uma derrota em 2022, já que que suas chances de reeleição são mínimas e que, logo, além de perder o direito de usufruir de jatinhos da FAB, ele perderá também o foro privilegiado.
Rodrigo Maia quis voar alto, próximo ao sol, sem se dar conta de que suas asas eram de cera e que seu peso era demasiadamente elevado. Agora, tudo o que resta a ele é a queda livre.
Quando Rodrigo Maia chora, o Brasil sorri.”

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