Está em curso no Brasil um ‘golpinho’.
Um mini-golpe de esperteza com o afastamento e condenação de uma Presidente da República sobre a qual pesam inúmeras e pesadas denúncias, por conta de uma infração menor. Um pequeno delito que por si só não tem a gravidade para justificar o afastamento da Presidente. E seus antecessores teriam praticado, sem qualquer punição. E Governadores e Prefeitos praticariam, embora haja comparações indevidas.
Não se vai punir a Presidente pelo seu desastroso conjunto da obra, que a quase totalidade da população reconhece, mas por uns "decretinhos" e por uma "pedaladinha".
"Pedaladinha" que seria "peanuts" (como dizem os americanos) diante dos bilhões pedalados em 2014. Mas esses não valem mais, como crime de responsabilidade. O que vale é só um conjuntinho de decretos editados com a assinatura dela (sendo que alguns foram com a do Vice-Presidente Michel Temer, no exercício da Presidência) em desconformidade com uma autorização genérica dada pelo Congresso, na lei orçamentária.
Dilma não tinha a noção da irregularidade quando assinou e continua se recusando a aceitar que cometeu alguma infração ao assinar aqueles decretos. Por isso se defende com "unhas, dentes e tudo o mais" que não cometeu nenhum crime. E que impeachment sem crime é golpe.
Há sim em andamento um golpe. Mas não é um golpe de Estado, tampouco um golpe contra a democracia. É um "golpinho" para condenar por um pequeno crime, mas efetivo e comprovado, já que não se consegue condenar pelos grandes crimes.
Esse "golpe" foi praticado pela Polícia e Justiça norte-americana para prender e manter na cadeia o notório Al Capone. Não se conseguiu condená-lo pelos seus grandes crimes, mas foi "pego" por evasão fiscal.
Dilma vai perder o cargo, por um pequeno deslize.
Jorge Hori
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Jorge Hori
Articulista