“O chanceler Ernesto Araújo vai ter que demonstrar habilidade para navegar nessas águas mais turvas e agitadas. Acho que ele tem condições disso, porque, afinal de contas o que ele está trazendo como mensagem é que o Brasil defende os valores básicos da civilização ocidental.” - Rodrigo Constantino
Ernesto Araújo é um homem de coragem que pensa o Brasil, que pensa o mundo, e sabemos como o exercício da reflexão pode ser perigoso nos dias atuais, apesar de continuar necessário e único para o crescimento moral e intelectual do indivíduo. Desde que assumiu o Ministério das Relações Exteriores, em 01 de janeiro de 2019, o Chanceler tem se dedicado com afinco a fechar os melhores acordos para o Brasil no exterior, deixando para trás a política de privilegiar os países ‘companheiros’ de esquerda, uma diplomacia de compadrio ideológico nociva que trouxe enormes prejuízos aos interesses nacionais. Em entrevista à TV Jornal da Cidade Online, o Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, comentou sobre a má alocação de recursos em países como Cuba e Venezuela, por exemplo.
“Colocaram recursos em investimentos que não deram resultado, mas custaram dinheiro para o povo, por exemplo, investiram em obras em Cuba, na Venezuela e nosso país, tão carente de obras, ficou a ver navios!”, ressaltou.
Confira a entrevista completa do Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida:
Em evento recente em Sergipe, o presidente Bolsonaro elogiou o trabalho do ministro de Relações Exteriores:
“O tempo todo criticam nosso ministro Ernesto Araújo, o homem que faz relações públicas com o mundo todo, e assim sendo, com essa equipe de ministros, fica bem mais fácil de trabalhar”, ressaltou.
O que o presidente diz sobre o ministro Ernesto Araújo pode ser comprovado na prática. Em junho de 2019, após 20 anos de negociações, o Mercosul e a União Europeia assinaram um acordo de livre comércio.
De acordo com o Ministério da Economia, o acordo deve causar impacto no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro de US$87,5 bilhões em 15 anos. Na ocasião, o ministro Ernesto Araújo aproveitou para salientar que, do ponto de vista regional, há uma direção muito clara de que o Brasil, como referência na região, é a força para consolidar a América do Sul no caminho da democracia e da economia de mercado:
“É um acordo com outra região, também comprometida com valores fundamentais como democracia e liberdade, principalmente a econômica. É uma ligação com um parceiro afinado nesses valores", apontou.
A posição do ministro é transparente e concisa, sempre protegendo a soberania nacional e a liberdade de expressão. Em março de 2020, Ernesto Araújo se posicionou com firmeza, após o embaixador da China responder duramente nas redes sociais ao deputado Eduardo Bolsonaro.
Durante a pandemia, Ernesto Araújo foi o único a se colocar contra a tentativa de controle social totalitário durante a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro de 2020. O chanceler citou no Twitter: “A pandemia não pode ser pretexto para controle social totalitário violando inclusive os princípios das Nações Unidas. As liberdades fundamentais não podem ser vítimas da Covid. Liberdade não é ideologia. Nada de ‘Great Reset’”, ressaltou, referindo-se ao chamado Grande Reinício da humanidade proposto pelo Fórum Econômico Mundial.
Em sua participação durante a conferência da ONU, ele defendeu a liberdade individual, advertindo aqueles que se aproveitam da crise para impor um controle totalitário, violando os direitos fundamentais do cidadão.
“Aqueles que não gostam da liberdade sempre tentam se beneficiar dos momentos de crise para pregar o cerceamento da liberdade. Não caiamos nessa armadilha. O controle social totalitário não é o remédio para nenhuma crise. Não façamos da democracia e da liberdade mais uma vítima da covid-19, que não pode servir como pretexto para avançar agendas que extrapolam a estrutura constitucional das Nações Unidas. O Brasil reafirma a responsabilidade primária dos governos de adotar e implementar respostas à covid-19 específicas aos contextos nacionais. Não existe uma solução única para todos. Não devemos transferir nenhuma responsabilidade do nível nacional para o internacional”, afirmou o ministro.
“Ernesto Araújo é muito mais que um chanceler, é um homem que conhece as raízes fundantes do Brasil, com uma visão inequívoca do que o nosso país pode oferecer como legado para o mundo, bem como tudo aquilo que precisa ser preservado como base para o seu tecido social” - Felipe Pedri - Secretário de Comunicação Institucional do Governo Federal
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, e o vice-ministro dos Transportes Rodoviários da República da Índia, Vijay Kumar Singh
Mais recentemente, Ernesto Araújo foi alvo de novos ataques, por conta dos insumos para produção de vacinas, vindos da China e da Índia. A embaixada da China teria pedido que o presidente Bolsonaro desse uma sinalização clara sobre a boa relação entre os dois países. Ou seja, pelo que parece, nosso país deveria obedecer, sem questionar, caso quisesse os insumos para a produção da CoronaVac, que tem apenas 50,38% de eficácia. A cabeça do ministro estaria a prêmio, inclusive com o apoio de alguns integrantes do governo federal, como o vice-presidente Mourão:
“Talvez alguns ministros sejam trocados, entre eles, o próprio Ministério das Relações Exteriores”, disse, durante uma entrevista.
https://www.poder360.com.br/governo/mourao-diz-que-ernesto-araujo-pode-deixar-relacoes-exteriores/
O presidente Bolsonaro respondeu ao vice com firmeza:
“Lamento que gente do próprio governo agora passe a dar palpites no tocante a troca de ministros. O que nós menos precisamos é de palpiteiros no tocante a formação do meu ministério. Deixo bem claro: eu que escolho os ministros e mais ninguém. Se alguém quiser escolher ministro, se candidata em 2022 e boa sorte”, ressaltou.
A saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores seria desastrosa nesse momento, pois ele entende com clareza o atual tabuleiro geopolítico e onde o Brasil se situa estrategicamente. Outro chanceler menos corajoso ou consciente poderia contribuir para colocar nosso pais em risco e lançá-lo numa aventura inconsequente.
A revista A Verdade ouviu analistas políticos e congressistas para saber a opinião sobre a atuação do ministro Ernesto Araújo e os desafios que vai enfrentar daqui para a frente, confira:
Rodrigo Constantino - Economista e jornalista
"Eu acho que agora obviamente o governo brasileiro, na figura de seu chanceler tem um desafio maior, porque não tem mais afinidade pessoal entre os dois presidentes e também o alinhamento ideológico. Joe Biden representa uma esquerda cada vez mais radical e o Brasil vai ter que tomar muito cuidado, porque Biden já fez ameaças durante a campanha, ele flerta com o globalismo, que encara a Amazônia como sendo do mundo, não do Brasil não dá tanta importância para a soberania nacional. Ao mesmo tempo, nós temos interesse em manter não só as boas relações com os Estados Unidos, como expandir a troca comercial. O chanceler Ernesto Araújo vai ter que demonstrar habilidade para navegar nessas águas mais turvas e agitadas. Acho que ele tem condições disso, porque, afinal de contas o que ele está trazendo como mensagem é que o Brasil defende os valores básicos da civilização ocidental, e os Estados Unidos foram o grande líder disso. Se Joe Biden começar a trair esses princípios, ficará exposto que é o presidente dos Estados Unidos quem está se desviando do rumo. Acho que ele [Ernesto Araújo] tem que manter a firmeza de valores e ter algum jogo de cintura pragmático em relação aos objetivos de curto prazo.
Capitão Derrite - Deputado federal
O Ministro Ernesto Araújo tem feito um excelente trabalho por nossas relações exteriores. Prova recente disso foi a defesa da agenda liberal em um painel do Fórum Econômico Mundial, ressaltando a importância da manutenção das relações do Brasil com grandes potências. Além disso, apresentou várias possibilidades de investimentos no Brasil em Davos, o que fomenta a criação de emprego e renda no Brasil. Temos um ministro que está atento a problemas atuais e relevantes, que não se fecha em seu ministério, como quando ressalta a ameaça do tecnototalitarismo, o controle totalitário das sociedades por meio das tecnologias, nem do globalismo e ideologias progressistas que estão em constante expansão.
Leandro Ruschel - Escritor e articulista
O principal desafio é conseguir se equilibrar entre a manutenção dos valores colocados pelo governo Bolsonaro para a política externa e o novo arranjo de forças, China, que emerge como uma potência com projeto totalitário. Ao mesmo tempo, a China tem uma importância bastante significativa para o comércio exterior brasileiro, a gente viu essa questão dos insumos da vacina, um exemplo de como eles têm certos monopólios sobre os produtos, influências globais cada vez maiores. Em outras palavras, tem que defender os valores, sem criar problemas ainda maiores para os brasileiros, tem que ser muito hábil para fazer isso. Esse movimento ficou mais difícil com a presença de Joe Biden na Casa Branca, cuja própria família esteve envolvida em escândalo de corrupção, seu filho recebendo recursos de uma empresa chinesa… ja demostrou ter uma postura menos combativa em relação à China uma postura menos alinhada com os próprios valores americanos. Biden já demonstrou hostilidade com o governo Bolsonaro, até desrespeitando o país no que diz respeito ao tema da Amazônia, tratando a Amazônia como uma espécie de protetorado internacional. Por mais que o Biden tenha uma visão mais progressista, os Estados Unidos se colocam como opositor da China, de maneira estratégica, talvez aí tenha um caminho para Ernesto buscar um movimento de equilíbrio, se alinhando a interesses estratégicos de longo prazo dos Estados Unidos. Não é uma missão muito fácil, mas eu creio que ele tenha condições de fazer tal movimento”, ressaltou.
Carlos Dias - Analista político
O ministro Ernesto Araújo é uma das personalidades mais brilhantes do país. Sua gestão no Ministério das Relações Exteriores busca resgatar a vocação natural do Brasil em liderar o processo de transformação regional latino-americano e, em âmbito global, colaborar na restauração da alma do Ocidente.
Ivan Kleber - Analista político
O ministro Ernesto tem uma montanha para escalar, mas ele é preparado. Ainda bem que é ele que está lá nesse momento, e não outra pessoa. O principal desafio dele é colocar o Brasil numa posição de evitar uma dependência ainda maior da China e, ao mesmo tempo, não ceder totalmente às pautas progressistas, revolucionárias do Joe Biden. Resumindo, é um trabalho complicado, muito provavelmente ele não vai colher os frutos do trabalho que está plantando agora, mesmo numa eventual reeleição do presidente Bolsonaro, que ele fique mais seis anos, é um trabalho de longo prazo. O Brasil tem que deixar de procurar uma boia e ser a boia. O grande desafio agora, na minha opinião, é consolidar o Brasil como uma força no continente sulamericano, que não é fácil, por causa do trabalho de desconstrução que foi feito pela esquerda, desde o fim do regime militar. E também uma certa independência do Brasil em relação à China. O Reino Unido tem procurado parcerias comerciais, levando em conta a questão ética, moral e ideológica, o Brasil pode e deve seguir nesse caminho. É muito mais fácil para um país como o Reino Unido fazer isso, mas o Brasil também pode adotar uma postura nesse sentido. Pelas primeiras falas que li do ministro Ernesto no Fórum Econômico Mundial, em Davos, eu vejo que ele está comprometido com essa ideia.
Confira a intervenção do Ministro Ernesto Araújo no painel "Redefinindo a Geopolítica", do Fórum Econômico Mundial
No momento, a curto prazo, o pepino que o ministro tem para descascar, com Biden de um lado e a China do outro, o Brasil precisa dar um passo atrás, mas sem buscar aliança com Rússia ou outro país. E não se isolar, é complicado! Mas o Brasil, como potência regional, precisa criar mecanismos, o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, tem uma costa enorme, está fora de zonas de conflito, com exceção da Venezuela, o país tem pontos positivos e precisa trabalhar isso.
Victor Metta - Advogado
Conheci o Ministro Ernesto ainda na transição do governo, tivemos conversas ótimas sobre Israel e uma série de temas. É um refresco ver uma pessoa com o nível intelectual que ele tem e com compreensão sobre os problemas do mundo, ele sabe das dificuldades que a gente enfrenta e, se não tem condições de enfrentá-las todas, pelo menos ele as compreende. Só tenho elogios ao trabalho dele, fico muito feliz de ele estar à frente do Ministério de Relações Exteriores e espero que permaneça por muito tempo.
Paulo Figueiredo - Analista político
Eu acho que o grande desafio grande, o grande ponto de choque vai ser a pauta ambiental, especialmente a questão da Amazônia. Já era um grande ponto de choque entre o Brasil e a Europa e agora os Estados Unidos que eram meio que o fiador do Brasil nessa disputa, vão se se aproximar da posição europeia para aumentar as pressões no Brasil.
Eu acho que o Brasil deveria tomar uma postura proativa nesse sentido e fazer uma sinalização para a comunidade internacional que mantém a sua própria autonomia. Se o Brasil for reagir alguma coisa que vier de fora, ele fica numa posição bem menos favorável do que se ele tiver a iniciativa. Acho que consegue condições melhores porque a pressão internacional vai acontecer.
Daniel Silveira - Deputado federal
O ministro Ernesto Araújo, além de ser totalmente conservador, consegue raciocinar. Ele consegue ver a alta complexidade dessa guerra que nos enfrentamos hoje a nível global, e consegue lidar bem com a situação.
Luiz Philippe de Orleans e Bragança - Deputado federal
Os Estados Unidos tem base militar em quase todo o mundo, é a grande polícia mundial hoje. Biden assumiu o controle desse poder hegemônico e assumiu também um vínculo com o ativismo que vem crescendo dentro do partido democrata. Os Estados Unidos elegeu um presidente ativista em prol do socialismo global, praticamente. Quem não estiver alinhado com esse comando, são países que vão sofrer todo o tipo de sanção, de embargo, pode se prever isso no futuro. A diplomacia brasileira tem ido exatamente no sentido contrário. O ministro Ernesto tem construído uma narrativa de independência do Brasil, ele está seguindo numa linha coerente, na qual foi colocado, só que o mundo agora mudou. Vai ser mais difícil ele manter essa linha de independência. A linha mais fácil é se render, e o Brasil vira mais um país vassalo, como a gente já era. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro tinham uma narrativa de colocar o país numa linha de mais independência e temos agora um desafio muito grande. Do ponto de vista político, temos que estar preparados, do ponto de vista social, a conscientização precisa aumentar. Agora, precisamos estar preparados para defender aquilo que dá para defender, fazer a risca na areia e dizer: ‘Olha, dessa linha não podemos cruzar’.
O desafio do ministro Ernesto Araújo não será fácil, mas ele segue tendo o apoio e admiração daqueles que também lutam para preservar a soberania nacional e os valores que são caros aos povo brasileiro. Ernesto não é apenas um Chanceler, nem tampouco é um agente secreto, como brincamos em nossa capa... trata-se de uma árvore forte, desde a raíz. Um valoroso brasileiro que não se vendeu, não abdicou de seus princípios e nem foi picado pela mosca azul. Que sirva de exemplo para todos nós.