Guedes mexe no "vespeiro" e sugestiona congelar salários do funcionalismo
26/01/2021 às 15:55 Ler na área do assinanteNesta terça-feira (26), o ministro da Economia, Paulo Guedes, alertou a população sobre o impacto econômico de uma segunda onda de covid-19.
Em uma videoconferência do Credit Suisse, da qual participou junto com o presidente Jair Bolsonaro, ele afirmou que, se for necessário, o governo pode acelerar as regras defendidas no pacto federativo, que previam o que ele chama sempre de 3D: desindexar, desvincular e desobrigar as despesas:
"Nós íamos fazer uma transferência gradual ao longo de oito anos recuperando o controle dos gastos públicos", acrescentou.
O ministro declarou que, caso o número de mortes por causa da doença venha a aumentar no país, o governo federal pode adotar o ‘protocolo da crise’.
Ao discorrer sobre o assunto, Guedes esclareceu que a medida representaria a proibição temporária de aumento de salários aos servidores públicos:
“Temos o protocolo da crise aperfeiçoado agora. Se você disser que a pandemia está realmente assolando o Brasil de novo, você vai declarar o estado de guerra, e isso é o seguinte: não tem aumento de salário durante dois anos do funcionalismo, os pisos estão todos bloqueados e acabou esse negócio do piso subir automaticamente”, explicou ele.
E continuou, alertando sobre as consequências da medida:
"É a cláusula de calamidade fiscal, um caso agudo de emergência fiscal. Mas tem que pensar dez vezes, é igual apertar o botão nuclear, apertou paga o preço. Não tem só que pegar o dinheiro e sair correndo."
Porém, o ministro declarou não ver motivos para alarde em relação ao avanço das mortes:
"Se houver uma segunda onda, o que é preciso ser bastante analisado, é necessária muita responsabilidade da classe política para não apertar o botão vermelho."
O ministro ainda afirmou que as críticas a Bolsonaro e os pedidos de impeachment contra o chefe do Executivo partem de pessoas que não aceitaram a derrota eleitoral em 2018.
Pouco antes ele citou que Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, travou as pautas reformistas do governo federal por uma questão ideológica, por ser um representando da centro-esquerda.
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Fonte: R7
da Redação