A lembrança que o povo vai guardar de João Doria para 2022

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"Se a eleição fosse hoje, Doria teria grandes chances à presidência." (?)

Pode ser que sim. Só que a eleição não é hoje! Faltam longos 21 meses até o próximo pleito presidencial.

A "popularidade" do governador da calça a vácuo se deve EXCLUSIVAMENTE pelo pânico causado pela pandemia; pelo fato de ter "peitado" o presidente e aprovado a "sua" vacina, de forma emergencial, antes de qualquer outra. Mas seu "legado" não será esse. Muito pelo contrário.

Pra começar, vale lembrar que Dória, ao contrário de Bolsonaro, não tem NENHUMA identificação com o povo. Muito longe disso. Foi eleito, aliás, usando o nome do Presidente. Sozinho, tem o mesmo carisma de uma sonda uretral.

É essencial considerarmos também que o governador foi um desastre na condução da pandemia. Foi responsável por uma das "quarentenas" mais rigorosas do país, inclusive usando de truculência contra os cidadãos, que faliu inúmeras empresas e extinguiu milhares de empregos. Manteve o estado em "lock down" mesmo após desativar um hospital de campanha por falta de pacientes e, ainda assim, São Paulo apresenta um número altíssimo de mortes por milhão de habitantes. Muito maior, por exemplo, do que a vizinha Minas Gerais.

E não foi menos desastroso na condução da crise econômica subsequente. "Apertou o cinto" do cidadão, no momento mais delicado. Com milhares de desempregados, aumentou impostos sobre produtos básicos, como pães, carnes, combustíveis e medicamentos genéricos. Aumentou em 40% a taxa de licenciamento de veículos e mais de 200% no imposto sobre carros usados. No momento em que milhares de pessoas estão morrendo, DOBROU o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação).

Deus queira que isso não aconteça. Mas caso surjam efeitos colaterais da Coronavac, que devido à "emergência" foi aprovada sem a observância de muitos critérios, ou que vacinados ainda venham a óbito, mesmo após a "garantia" de 100% de eficiência contra casos graves, esses números também cairão na conta do governador.

Atualmente, a manipulação de narrativas simplesmente não funciona.

Enquanto Doria aumentava impostos, Bolsonaro pagava o Auxílio Emergencial.

Enquanto Doria colocava algema em seus cidadãos, Bolsonaro discursava pela liberdade.

Enquanto Doria chamava o presidente de genocida, Bolsonaro mostrava que teve as mãos amarradas pelo STF.

Até outubro de 2022, outras vacinas já terão chegado, a crise sanitária estará controlada e a narrativa do Covid terá se extinguido.

O paulistano não se lembrará do governador pela Coronavac. Isso terá ficado no passado. Lembrará na hora de procurar emprego, de comprar o pãozinho, de fazer o churrasco, de abastecer ou licenciar o carro. Isso não se esquece.

Aqui em Minas, ainda chamamos a "taxa de licenciamento", criada há mais de 20 anos, de "taxa do Itamar". Mesmo uma década após o falecimento do ex-governador, ainda "empresta" seu nome ao tributo que criou. Dói no bolso.

Doria é um ótimo marketeiro, mas deixou o ego falar mais alto e fez uma aposta muito maior do que poderia pagar. No "produto político", as "paixões" são determinantes. Neste quesito, o bonequinho de cera dos Jardins, apático e artificial, JAMAIS conseguirá rivalizar com um homem como Bolsonaro, que literalmente "nada de braçada" ao lado do povo.

"Os homens apressam-se mais a retribuir um dano do que um benefício, porque a gratidão é um peso, e a vingança, um prazer." (TÁCITO)

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Felipe Fiamenghi

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