Grupo de mulheres se une para abortar fora do Brasil e planeja legalizar o procedimento com lei chamada “Damares”
19/01/2021 às 14:36 Ler na área do assinanteNão, você não leu errado.
É verdade, no Brasil, há um grupo chamado “Milhas Pela Vida das Mulheres” fundado, em setembro de 2019, pela roteirista e diretora audiovisual Juliana Reis, 57, que, segundo ela, “ajuda” mulheres a viajar para o exterior e interromper uma gravidez “indesejada”. Ela diz que a organização já prestou auxílio a 1.700 mulheres que queriam cessar a gestação.
Coincidentemente, a fundadora do “projeto do bem” diz que o mesmo número de mulheres morreu em decorrência de abortos clandestinos no país, de acordo com estimativa do Ministério da Saúde. No site que o grupo fez para “divulgar as atividades”, um tipo de placar vai atualizando o quantitativo relacionado ao procedimento, principalmente, se for relacionado aos índices de mortalidade das mulheres brasileiras.
O grupo das abortistas garante que já viabilizou 214 viagens de integrantes, dentro e fora do país; a fim de realizar o procedimento, “legalmente”, em cidades que oferecem “o serviço”. Na rota internacional do grupo, estão: México, Colômbia e Argentina. Esta última aprovou a legalização do procedimento, no final do ano passado.
“Viabilizar”, nesse caso, entende-se por um “auxílio” com orientações sobre onde e como realizar o procedimento, acompanhamento na viagem (às vezes, à distância) e até os custos de passagem, estada e o aborto em si; cujo valor não é nada barato. Para matar a criança no útero, a mulher gasta, no mínimo, US$ 700 (cerca de R$ 3.800). Tudo, claro, “doações de gente do bem”.
A ideia para doar Milhas aéreas surgiu, em 2017, quando a estudante e mãe de dois meninos, Rebeca Mendes Silva Leite, solicitou autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abortar, legalmente, alegando falta de condições econômicas e emocionais para gerar outro filho.
O pedido foi negado e Rebeca se submeteu ao procedimento na Colômbia, com o apoio de uma Organização Não-Governamental (ONG), protagonizando o primeiro aborto fora do país.
A roteirista disse que ficou tão “emocionada” que postou no Facebook, em maio de 2019:
"Quem toparia doar milhas para ajudar outras mulheres a fazer aborto legal na Colômbia?"
Ela obteve 1.200 ofertas de milhas de cidadãos, ofertando a pontuação a toda aquelas que quisessem matar seus bebezinhos fora do país.
Após o “sucesso” da iniciativa, o grupo agora mira uma possível flexibilização das leis no Brasil, cuja maioria é de cristão e segundo recente “enquete” do jornalista esquerdista, Ricardo Noblat, 73,9% dos entrevistados se dizem contra o aborto no país.
"A lei que vai descriminalizar o aborto aqui precisa se chamar Damares", ironizou, referindo-se à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, autoridade no assunto e que, assim como o presidente Jair Bolsonaro, já se manifestou contrária ao procedimento no Brasil.
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da Redação