Dimas Covas agrediu o general Pazuello e agora precisa repetir Dimas, o bom ladrão: arrepender-se e pedir perdão

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Segundo o Evangelho de Nicodemos (obra apócrifa do período pós-apostólico), os nomes dos dois ladrões que foram crucificados com Jesus Cristo era Dimas e Gestas. Dimas - o bom ladrão - teve tempo de dizer, preso à cruz, que se arrependia, que reconhecia ser pecador, que acreditava em Jesus e a Jesus pediu:

"Senhor, lembra-te de mim quando entrares no seu reino".

Jesus ouviu a súplica de Dimas e logo respondeu:

"Em verdade te digo que ainda hoje estarás comigo no Paraíso".

Foram os monges beneditinos e os sacerdotes salesianos, com quem estudei em regime de internato-fechado por 8 anos, que me ensinaram esta passagem da vida de Cristo.

Neste domingo (17), dia em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou o início da vacinação emergencial no Brasil contra a Covid, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, em dado momento da entrevista em São Paulo, disse que o ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello, "por ter formação militar o general foi preparado para matar", ao passo que ele, Dimas Covas, e a comunidade médico-científica, por formação, aprendeu a salvar vidas. Dimas Covas disse isso bastante irritado.

Não, doutor Dimas. O General Pazuello é um cidadão brasileiro como todos nós somos. Sua vocação militar não se destinou nem se destina a matar. Pelo contrário, primeiramente, e fundamentalmente, a proteger. Proteger o Brasil e seu povo. Mas se a agressão do inimigo for tão intensa, o uso da arma, o uso da "pólvora", será em legítima defesa de uma Nação e de sua população.

Dimas, o bom ladrão, preso à cruz e antes de morrer, externou arrependimento, reconheceu ser pecador e declarou sua crença e fé em Jesus, que também estava preso à cruz ao seu lado.

E o pedido que Dimas fez, Jesus imediatamente atendeu: "Em verdade te digo que ainda hoje estarás comigo no Paraíso".

Ambos foram crucificados. Jesus ressuscitou no 3º dia, diz a Bíblia. E, certamente, o Espírito de Dimas ingressou no Paraíso e seu corpo foi parar numa das covas.

Doutor Dimas Covas, reflita. Ainda há tempo. Enquanto houver vida, sempre há tempo.

Peça perdão ao ministro Eduardo Pazuello pela falta de respeito, pelo desprezo, pelo seu acinte contra o ministro da Saúde do Brasil.

Faça como Dimas, o bom ladrão, e reconheça que errou, que magoou, que feriu o sentimento, não apenas do General atacado, bem como de todos os militares brasileiros e de todos os militares do mundo, por que não?

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Jorge Béja

Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

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