Cárcere da República de Curitiba destrava a língua de Mônica Moura

24/04/2016 às 15:40 Ler na área do assinante

A mulher do marqueteiro João Santana, presa, mas disposta a conseguir a liberdade, desandou a falar e já demonstrou que tem muitas informações para oferecer a Operação Lava Jato.

Em suas primeiras declarações, conforme noticiado pelo Jornal da Cidade (veja aqui), entregou de bandeja o ex-ministro Guido Mantega. Na sequência, ela disse que, nas eleições anteriores, o mesmo papel teria sido desempenhado pelo ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci e o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto.

Os dois teriam indicado a ela executivos de empresas para contribuir em dinheiro com as campanhas petistas. São recursos que não passaram por contas oficiais do PT, e que portanto não foram declarados à Justiça Eleitoral. Ou seja, recursos de caixa dois, absolutamente ilegais.

O marqueteiro João Santana prestou serviços na campanha à reeleição de Lula, em 2006, e nas disputas vencidas por Dilma Rousseff, em 2010 e 2014. Nas três eleições, eles receberam, em contas oficiais, cerca de R$ 110 milhões. O recebimento por fora, que não foi pouco, ainda precisa ser apurado.

Monica diz ter registrado numa agenda, não apreendida pela PF, detalhes de encontros em hotéis e restaurantes para obter recursos adicionais, entregues em malas de dinheiro por interlocutores de executivos indicados por Mantega, Palocci e Vaccari.

da Redação

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