No primeiro dia do Ano de 2021, o jornal o Estado de São Paulo publicou um editorial em que contava as horas para o fim do governo Bolsonaro:
“Ainda faltam 17,5 mil horas”, era o título do texto.
E continuava:
“O Brasil conta as horas para o fim do governo de Jair Bolsonaro. A partir de hoje, quando se completa a primeira metade do mandato, faltarão cerca de 17,5 mil – uma eternidade, considerando-se que se trata do pior governo da história nacional”.
Analisemos o primeiro parágrafo: afirma o articulista que “trata-se do pior governo da história nacional”. Bem, se este é o pior, todos os outros foram melhores. Cinco deles ainda estão vivos. Sarney, Collor, FHC, Lula e Dilma.
Se foram melhores, devem ser amados pelo povo. Se foram melhores, algo de muito bom fizeram pelo Brasil.
Ora, então por que não saem às ruas? Por que ninguém os encontra? Por que vivem enclausurados e frequentam apenas círculos íntimos de ricaços?
Respondo e desafio o articulista do jornal a caminhar com qualquer um deles em uma rua de qualquer cidade brasileira.
Ao serem descobertos, o povo os brindará com vaias, apupos, chistes, troças, zombarias, escárnios e não com abraços como fazem com Bolsonaro.
E continua:
“Se os dois primeiros anos da gestão de Bolsonaro servem de parâmetro para o que nos aguarda na segunda parte do mandato, o Brasil nada pode esperar senão mais obscurantismo, truculência e incapacidade administrativa, pois essa é a natureza de um governo cujo presidente não se elegeu para governar, e sim para destruir”.
Diz o articulista que o presidente: “não se elegeu para governar, e sim para destruir”.
Tem razão o articulista: 57 milhões de pessoas elegeram Bolsonaro para destruir as corporações de ladrões que saqueiam nossa pátria. Para coibir o roubo nas estatais e os mensalões que infestaram os governos anteriores.
Foi eleito para erradicar a “língua plesa” de Lula e a ridícula educação marxista de Paulo Freire que emburrece nossos alunos, fazer cessar a truculenta invasão de propriedades patrocinadas pelos governos petistas através de Stédille e do MST, chamado pelo governo anterior de “meu exército”. Deter a loucura administrativa de “estocar vento”. Clarear com as luzes do capitalismo o marxismo obscuro que se estendeu sobre o país. Essa é a destruição que Bolsonaro promove.
E vai em frente o delirante editorial:
“Não se tem notícia de que alguma das promessas formais de campanha de Bolsonaro tenha sido cumprida. Ele e seu “superministro” da Economia, Paulo Guedes, passaram quase toda a primeira metade do mandato a anunciar privatizações em massa, desenvolvimento econômico, criação de empregos, modernização do Estado e competitividade internacional. A frustração de todos esses retumbantes compromissos levou o ministro Paulo Guedes a anunciar: ‘Acabou. Não prometo mais nada’.”
A afirmação é tão ridícula que nem merece resposta. É tola, pretenciosa, pois ao afirmar que “nenhuma promessa foi cumprida”, nos diz o jornal que nada sabemos, nada vemos, nada pensamos, e que devemos enxergar o país pelos olhos do articulista do jornal, ouvir o que diz o jornal e pensar como manda o jornal, pois com o jornal está a verdade. Está fora do tempo e do espaço. Não percebe que a realidade é outra. Sequer entende que a influência do escrito em seu jornal é praticamente nula. Diz ao público: acredite em mim, não em seus olhos, não naquilo que você vê. Que patuscada!
E vai tresvariando febrilmente:
“Também as alardeadas reformas foram ou esquecidas ou sabotadas por Bolsonaro justamente na época mais propícia para sua aprovação. Somente a reforma da Previdência foi aprovada, mas como resultado do esforço da liderança do Congresso, muitas vezes à revelia do presidente da República”.
É de matar de rir a afirmação, pois todos os governos anteriores, “que foram melhores, segundo o jornal”, tentaram a aprovação da reforma da Previdência e todos falharam por absoluta incapacidade de articulação. Bolsonaro teve sucesso porque o povo apoiou a reforma, não porque Maia e seus liderados fizeram algum esforço. O que vimos e o que estamos vendo é um boicote total por parte das lideranças do congresso às pautas conservadoras que elegeram o presidente.
E o pobre articulista em desvario total, segue, nos parágrafos seguintes, repetindo coisas que só ele enxerga:
“...Não há motivo para otimismo...o governo do ex-deputado do baixo clero não se define pela capacidade de formular políticas...Durante dois longos anos, conseguiu entreter o País com um misto de violência e escárnio pelas instituições...Elevou a crueldade à categoria de virtude, contrariando valores humanitários...Como em todo regime autoritário, programas partidários são irrelevantes...o discurso é baseado em falsas premissas, como quando reitera a mentira segundo a qual não tem responsabilidade no combate à pandemia porque o Judiciário a atribuiu a Estados e municípios...Para que esse discurso funcione, é preciso desqualificar a imprensa profissional...”
Infindáveis acusações, repetitivas e repetidas até a exaustão. Acusações que vemos e ouvimos todos os dias, durante estes dois anos, vomitadas dia e noite pela mídia e pelos opositores que tomaram uma sova nas eleições. Mídia que não é mais patrocinada pelo governo e por isso, a toda hora, abre espaços para os deputados do PT e Psol atacarem Bolsonaro e pensam que os brasileiros não percebem a manobra.
Mídia que quer dinheiro do governo, mas este não abre o cofre. Que se vitimiza ao dizer que é “profissional, mas é desqualificada pelo governo”.
Tadinha, tadinhos, a época do dinheiro fácil acabou. Posar de salvadores do povo brasileiro não cola mais. Só lhes resta dizer a verdade, mas a palavra “verdade”, foi riscada de seus dicionários.
E finaliza o demente articulista:
“Nas 17,5 mil horas desse pesadelo que ainda temos pela frente, é preciso que a sociedade e as instituições democráticas impeçam Bolsonaro de completar sua obra deletéria. Se não se pode esperar que Bolsonaro se emende, ao menos é possível tentar reduzir os danos de sua catastrófica passagem pelo poder”.
Faltam 17,5 mil horas para que Bolsonaro seja reeleito. Satisfeitos, esfregamos as mãos ansiosos pela data, estamos prontos para guerra, pois no segundo mandato, agora com mais poder, e com novos Deputados Federais e Senadores, que serão eleitos em 2022, comprometidos em mudar as leis do país que foram criadas para encher de privilégios os que estão no poder, eles estarão empenhados em julgar todos os pedidos de impeachment dos Ministros do Supremo, que se arvoram a governar o Brasil sem terem um único voto.
Neste segundo mandato, Bolsonaro consolidará a obra “Conservadora” e fechará a tampa do caixão, encerrando para sempre todas as ideias dos comunas/socialistas que tanto mal causaram ao país.
Finalizo dizendo que todos nós esperamos que Bolsonaro não se emende, que continue pulando do barco e nadando até a praia, como fez neste primeiro dia do ano, e vá até o povo e o povo o abrace e festeje, e grite: “Mito, mito, mito” e só pra chatear todos aqueles chorões que deixaram de mamar nas tetas do governo, quando ele nadar de volta para o barco o povo cante, como fez neste primeiro dia do ano:
- “Ei, Dória, vai...” Claro, substituindo Dória por Estadão, Globo, Folha, os “engajados no politicamente correto”, “os artistas da esquerda progressista”, os intelectuais idiotizados pelo marxismo, os intelectuais que se venderam, os professores que alienam os alunos, os grupos que se vitimizam e os sindicalistas de plantão que virarão poeira.
A tarefa é árdua, mas o rufar dos tambores de guerra que o Estadão fez soar com seu Editorial, nos dá novo ânimo e a certeza de que a derrota das esquerdas, ainda encasteladas em todas as áreas de influência do estado brasileiro, tornará nosso país melhor.
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Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)