Ex-marido mata magistrada na frente das filhas menores, que pedem ao pai que pare de golpear a mãe
25/12/2020 às 15:21 Ler na área do assinanteO engenheiro Paulo José Arronenzi, de 52 anos, preso em flagrante, na noite desta quinta-feira (24), em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, após matar a ex-mulher a facadas, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, 45, disse que só vai se manifestar sobre o caso à justiça.
De acordo com a polícia, ele não tentou fugir depois do crime. Permaneceu próximo ao corpo da ex-mulher até a chegada dos policiais. E, em seguida, recebeu voz de prisão. Ele foi encaminhado, posteriormente, a um presídio, nesta sexta-feira (25).
Viviane, que era juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) foi esfaqueada na frente das três filhas do casal. Uma de 9 anos e as gêmeas de 7.
O crime foi registrado por câmeras de segurança do local e nas gravações é possível ouvir as meninas pedindo ao pai para parar de golpear a mãe.
A polícia acredita que o crime foi premeditado. Em revista ao carro do engenheiro, foram encontradas três facas. A arma utilizada no assassinato, porém, continua desaparecida.
O assassinato da juíza ocorre apenas três meses depois de um registro de lesão corporal e ameaça que ela fez contra o ex-marido. Na ocasião, ele havia dito:
“Isso não vai ficar assim! Eu vou te matar.”
Apesar das ameaças, Viviane utilizou, mas, depois, dispensou a escolta policial concedida pelo Tribunal de Justiça. Ela admitiu, na época, que o, então, marido tinha “gênio explosivo”. No entanto, negou que a tivesse agredido anteriormente. Ela afirmou que não gostaria de vê-lo preso nem de representar criminalmente contra ele e que preferia zelar pela integridade física do ex-marido e pelo bom andamento do término do relacionamento.
A juíza não foi a única mulher a denunciar Paulo José para a polícia. Em 2007, uma ex-namorada registrou ocorrência policial contra ele, alegando que estaria sendo importunada. Segundo ela, o engenheiro não aceitava o fim do relacionamento.
Em nota, o Tribunal de Justiça do Rio disse que "lamenta profundamente" a morte da juíza Viviane Arronenzi, vítima de feminicídio.
A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também emitiram comunicado conjunto em que expressam "extremo pesar" pelo que classificaram como "covarde assassinato da juíza".
"As entidades representativas dos magistrados fluminenses e brasileiros se solidarizam com os parentes e amigos da pranteada magistrada. Este crime bárbaro não ficará impune, asseguramos", assegura o documento.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) também demonstrou repúdio ao feminicídio. A instituição enfatizou que vai acompanhar as investigações.
ATENÇÃO! Agora você tem a opção de assinatura do JCO com boleto!
Um movimento anônimo, criminoso e fascista está tentando destruir o Jornal da Cidade Online.
Eles não admitem o debate. Querem castrar a liberdade de expressão e impor o pensamento único.
Para tanto, tentam zerar nossas receitas, praticando o terrorismo junto a nossos anunciantes.
Por apenas R$ 9,99 mensais, você ainda terá acesso a todo o conteúdo da Revista A Verdade.
É simples. É fácil. É rápido... Só depende de você! Faça agora a sua assinatura: