

Desde que foi admitido o processo de impeachment, Dilma e o PT adotaram uma estratégia equivocada de defesa. O equívoco foi comprovado pelo resultado da votação na Câmara.
O primeiro erro foi tentar desqualificar a abertura do processo em função das motivações pessoais, de suposta vingança, do Presidente da Câmara. Ainda que houvesse a razão pessoal a sua posição institucional lhe facultava a abertura. E seria legítima se houvesse fato jurídico que fundamentasse a decisão.
O fato existiu, Dilma tentou negar, mas acabou sendo comprovado. Em existindo não cabe a defesa do desvio de finalidade. Mas Dilma e o PT continuam insistindo nessa tecla, para a qual não consegue a adesão fora do PT e PCdoB. Com a adesão parcial do PSOL.
Com a comprovação da existência do fato os lemas de defesa evoluíram:
‘Impeachment é golpe’. Confirmado pelo STF mudou para ‘Impeachment sem crime é golpe’. Comprovada as infrações o lema popular passou a ser ‘pedalada não é crime de responsabilidade’.
O lema só é aceito pelos seguidores nas redes sociais e em manifestações de movimentos sociais alinhados com ela. Quantos senadores se aliam a essa estratégia? Serão suficientes para barrar o afastamento temporário e depois a destituição definitiva?
Os indícios são de absoluta ineficácia.
Jorge Hori
Jorge Hori
Articulista