A confiança, a mídia de esquerda e o “Verdevaldo”
16/12/2020 às 11:56 Ler na área do assinante
Glenn Greenwald
“O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou”.
A canção popular que inicia o texto é mais profunda do que parece. Ela evidencia que os relacionamentos são frágeis, necessitam de confiança, credibilidade, de constante vigilância e responsabilidade. Não podem estar baseados em mentiras, pois o anel que “é de vidro”, portanto delicado, se não for cuidado devidamente “se quebra”.
Glenn Greenwald, mais conhecido por “Verdevaldo”, o comunista que habitava as terras tupiniquins, era editor-fundador do site The Intercept, publicou centenas de reportagens a favor de Lula e do PT, jurando as virtudes divinas de ambos e afirmando de pés juntos que eram inocentes dos crimes que praticaram, provou de seu próprio remédio ao ser censurado pelo site “comuna/socialista” em que trabalhava ao tentar publicar um artigo que criticava o candidato democrata Joe Binden, não aguentou o tranco e pediu demissão do The Intercept.
Parece que agora está arrependido de ser comunista, pois descobriu que os comunas reais existem e não estão preocupados com leis, com crimes, com verdade, com justiça, democracia ou amigos.
Entrevistado no “Tucker Carlson Tonight - Fox News”, na quinta-feira, falou sobre os estragos causados pela mídia durante a eleição.
Disse Glenn (a tradução é livre):
"Precisamos reconhecer a vergonha e que esse é um crime histórico. Não apenas no jornalismo, mas assim que esses documentos (de Hunter Biden) se tornaram conhecidos, os agentes da comunidade de inteligência, a CIA, (ex-CIA Diretor) John Brennan, (ex-diretor de Inteligência Nacional) James Clapper, (ex-diretor da NSA), Michael Hayden - todos os mentirosos com padrão profissional – emitiram uma carta alegando que este material era a marca da desinformação russa, embora eles não tivessem nenhuma base para pensar isso."
E isso deu à mídia permissão para mentir ao público continuamente e o Vale do Silício (permissão) para censurar esses materiais.
Continuou Greenwald.
"Então, não só o público não ficou sabendo deles, como mentiram para eles. Não apenas alegando que a Rússia estava envolvida, embora não haja nenhuma evidência de que eles estavam e ninguém pense isso, mas chamando isso de desinformação, a implicação era que esses documentos eram falsificações, quando agora sabemos que a investigação criminal que está em andamento é sobre as próprias transações que esses documentos cobrem ", explicou Greenwald.
E continuou:
"Este é um crime incrível da mídia corporativa, mentir para o público e enterrar informações antes de uma eleição, mas é também uma interferência doméstica por parte das agências de inteligência para manipular o resultado de nossa eleição."
Quando questionado por que achava que as principais organizações de mídia não informam mais sobre os serviços de inteligência com "algum nível de ceticismo", Greenwald respondeu dizendo que os serviços de inteligência “fizeram parceria" com a mídia como parte de um esforço para bloquear a agenda de Trump "com base na premissa de que ‘A presidência de Trump’ era perigosa”.
“Se a mídia realmente quer acreditar que a presidência de Trump representa um perigo, essa é sua prerrogativa, mas o que eles não têm o direito de fazer é se tornar agentes de desinformação”, disse Greenwald. “E a CIA e todos aqueles caras da comunidade de inteligência estavam abertos ao fato de que queriam que Donald Trump perdesse e sabotassem sua presidência”.
Ele continuou:
“Lembre-se, Chuck Schumer disse a Rachel Maddow, no início de 2017, que a CIA sabotaria a presidência de Trump se ele continuasse a criticá-los e essa foi a história nos últimos quatro anos, uma união entre as agências de inteligência que alimentaram mentiras para a mídia que os repetiu sem pensar para seus próprios interesses.” (Joseph A. Wulfsohn - Fox News).
(https://www.foxnews.com/media/glenn-greenwald-hunter-biden-media-historic-crime).
Dessa forma a relação entre a mídia e o povo americano, que era de confiança e responsabilidade foi estilhaçada pela mentira.
A confiança não mais existe e a responsabilidade foi jogada no lixo.
Um elo importante foi perdido dentro da nação americana, pois durante os anos do governo Trump, os jornalistas da esquerda socialista escreveram centenas de reportagens negativas, notícias falsas e tudo culminou com o encobrimento dos malfeitos de Biden pai e Biden filho, para que fosse possível vencer as eleições, segundo Glenn, que foi demitido ou pediu demissão do The Intercept porque não inspirava mais confiança.
Agora a lama escondida pela mídia apareceu e escorre pelas ruas da nação americana, enlameando a todos.
Os estilhaços do “anel de vidro” que se quebrou, misturados à lama que escorreu e continua escorrendo pela boca da mídia mentirosa, penetra em todos os lares americanos e perfuram a fé que antes tinham.
Dificilmente a confiança quebrada será restabelecida.
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Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
