Barroso abre o jogo e diz que dois ministros mudaram voto sobre prisão em 2ª instância, por pressão das forças da corrupção e aliados
13/12/2020 às 06:52 Ler na área do assinanteO ministro Luis Roberto Barroso afirma textualmente que dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que antes votaram pela prisão de condenados em segunda instância, mudaram de posição após pressão “dos que pretendem que tudo permaneça como sempre foi”.
A afirmação é estarrecedora, pois admite, pela primeira vez na história, que ministros da suprema corte brasileira estão suscetíveis a pressões externas de forças nocivas ao país, gente poderosa e corrupta.
“A corrupção contra-atacou com todas as suas forças e aliados, até conseguir desfazer a medida”, diz Barroso.
A declaração do magistrado é parte do conteúdo do livro de sua autoria denominado “Sem data venia: um olhar sobre o Brasil e o mundo”.
Barroso não cita o nome dos tais ministros, mas deixa claro suas identidades ao revelar que ambos apoiaram a prisão em 2ª instância em 2016, e mudaram de posição em 2019, ao votarem para que o cumprimento da pena fosse iniciado apenas após o trânsito em julgado.
Enquadram-se no caso os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, que votaram em 2016 pela prisão após a condenação em segunda instância, e, em 2019, mudaram de posição.
A situação no STF, que já anda bastante conturbada, deve agravar-se.
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da Redação