Sem citar caso Marcius Melhem, Direção da Globo admite mais de 500 denúncias de assédio
11/12/2020 às 16:20 Ler na área do assinanteNesta quinta-feira (10), o presidente-executivo do Grupo Globo, Jorge Nóbrega, durante uma reunião online com os funcionários, declarou que a emissora acumula, nos últimos 5 anos, 553 denúncias de assédio moral e 65 de assédio sexual.
No encontro, ele falou sobre os problemas recentes que a emissora vem enfrentando, mas sem citar o nome de Marcius Melhem, que vem sendo um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, por causa das denúncias referentes aos assédios morais e sexuais que teria cometido enquanto diretor de humor da casa.
Segundo Nóbrega, há um trabalho especial voltado para as denúncias de assédio na empresa. Para exemplificar as ações da emissora no combate a esse tipo de comportamento, o presidente-executivo citou alguns números: quarenta por cento dos funcionários se identificam nas denúncias do compliance; o grupo Globo demitiu 90 funcionários, sendo 45 deles ocupantes de cargo de chefia, além do número de casos denunciados.
Apesar da declaração quanto às demissões de assediadores, na nota em que o grupo comunicou o desligamento de Marcius Melhem, não foi citado o motivo, tendo sido declarado que a saída de Melhem seria ‘de comum acordo entre as partes’, o que causou a revolta de vários funcionários, já que foi entendido como um acobertamento da emissora para as atitudes dele.
O departamento de comunicação da Globo informou que Jorge Nóbrega realizou uma live “para agradecer pelo empenho de todos os funcionários, que permitiu um fechamento de ano com bons resultados num período difícil para todos.”
Por fim, o Grupo Globo ressaltou que, desde 2015, mantém um canal aberto de denúncias contra qualquer desrespeito ao Código de Ética da organização.
“Não é verdade que exista um trabalho especialmente voltado para denúncias de assédio sexual e moral. Como parte da atuação da área de Compliance, a Globo mantém, desde 2015, um canal aberto para denúncias de quaisquer atos que contrariem o Código de Ética e Conduta, todas investigadas e tratadas com igual rigor”.
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Fonte: R7
da Redação