Sinovac subornou autoridades para aprovar vacinas de 2002 a 2011, diz Washington Post
05/12/2020 às 21:03 Ler na área do assinanteA empresa chinesa Sinovac, desenvolvedora da vacina para Covid-19 que será produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo estadual de São Paulo, envolveu-se em casos de suborno ao governo chinês.
A informação foi revelada nesta sexta-feira (4) em reportagem do jornal americano Washington Post.
Segundo a publicação, que teve acesso a registros de tribunais chineses, o fundador e CEO da empresa, Yin Weidong, admitiu ter repassado mais de US$ 83 mil em propina para um funcionário da agência reguladora chinesa, Yin Hongzhang, e também para sua esposa, entre 2002 e 2011. O caso foi julgado em 2016.
Não há menção na reportagem a problemas ocorridos depois dessa data.
Hongzhang foi condenado e preso em 2017, mas, devido a um acordo com a justiça chinesa, Weidong permaneceu em liberdade e continua comandando a companhia.
O jornal afirma que o executivo cooperou com promotores e argumentou que o pedido de suborno partiu da autoridade governamental.
O caso mais recente de corrupção mencionado na reportagem do jornal envolveu o processo de aprovação da vacina da Sinovac para gripe H1N1. A empresa também teria cometido irregularidades na aprovação de uma vacina de hepatite A e numa outra vacina experimental para a SARS.
Em resposta ao jornal, a Sinovac reconheceu o ocorrido e afirmou ter conduzido auditorias internas e implementado um programa de combate à corrupção nos últimos anos.
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Fonte: Washington Post
da Redação