Não culpemos a vítima do crime que ela sofre

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O Brasil é o país com o maior número de mau-caráter infiltrado na política, em cargos eletivos. Desde um vereador de uma cidade pequena até um Senador da República, passando por Prefeitos e Governadores.

Nenhum outro local do planeta possui a proporção de banditismo e vagabundagem dentro do Estado, nos Poderes da República e nas Instituições.

Se fosse uma competição, nosso país venceria todos os anos, e seria “hors-concours”.

E daí, tem gente que gosta de perguntar assim: “onde foi que nós, povo, erramos?”

Obviamente, para se perguntar isso, a pessoa, por uma conclusão lógica, parte do princípio de que esse cenário decorre de alguma ação (ou omissão) nossa.

Mas é errado pensar assim. Nós, o povo, somos a vítima. E não se pode responsabilizar a própria vítima pelo crime que sofre.

Isso tudo que acontece, nesse ambiente degradado e putrefato, estabelecido há décadas, é culpa dos próprios bandidos que se apossaram das instituições e do Estado brasileiro, fazendo o povo de escravo e retirando a sua liberdade.

Não culpemos a vítima do crime que ela sofre, repito.

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Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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