Manipulação nas pesquisas em Belém derrota Delegado Eguchi

30/11/2020 às 10:28 Ler na área do assinante

Os jornais O Liberal e o Amazônia, pertencentes às Organizações Rômulo Maiorana (ORM), denunciaram a manipulação em Nota de primeira página.

Assim como fez, no primeiro turno, o maior grupo de comunicação do Norte do Brasil, repudiou a pesquisa do Ibope, encomendada pelo jornal Diário do Pará, cujo proprietário é a família Barbalho. O governador Hélder Barbalho (MDB) chegou a vestir camisas roxas da cor do PSOL, no dia da eleição. Mas, negou que estivesse dando apoio político ao socialista.

“Cumpra o seu dever de cidadão. Eu já o fiz no primeiro turno, pois voto em Ananindeua. Eu e Dani (esposa) agradecemos ao nosso amigo e educador físico pela camisa”, esquivou-se.

“Há uma enorme distância entre o equívoco e uma tentativa de interferência. Ao longo da história, pesquisas eleitorais no Brasil têm sido mais danosas do que esclarecedoras para a democracia; denotando evidente busca por influir nos resultados”, disse o editorial dos jornais, acrescentando que o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), em 78 anos de existência, tem história marcada por “incontáveis e grosseiros erros”.

A pesquisa do Ibope, no sábado (28), dava ampla vitória ao candidato psolista, Edmilson Rodrigues, sobre o delegado federal, Everaldo Eguchi (Patriota), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo as ORM, uma clara “tentativa de influenciar os votos dos belenenses; uma vez que o segundo do turno, na capital paraense, foi “apertado”. O comunista venceu por uma diferença de 3 pontos percentuais. Exatamente, 26.628 eleitores.

O instituto de pesquisa errou. “Aliás, esta é uma prática constante do Ibope, quando, mais uma vez, agiu na manipulação dos dados, apresentando simulações de um segundo turno com o primeiro, segundo e quarto colocados. Excluindo o terceiro candidato (Eguchi) no levantamento”, disparou os jornais.

Nas recentes pesquisas do Ibope, em capitais brasileiras, foram constatados muitos “equívocos” do Ibope. Em Belém, Edmilson levava a prefeitura por uma diferença de 20 pontos contra o concorrente Eguchi. Em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) obtinha 47% dos votos. Apuração revelou que ele tinha apenas 40%. Em Porto Alegre, Manuela D’Ávila (PC do B) já estava “eleita” com 51% das urnas. Apenas 45% dos eleitores votaram nela.

As ORM concluem dizendo que não é possível saber “até que ponto a pesquisa teve êxito nessa infâmia. Nunca saberemos ao certo”. Mas, fica a dica para as eleições de 2022.

“Quanto ao Ibope, tomaremos as medidas judiciais cabíveis contra o instituto, a partir das provas circunstanciais e materiais. O corpo jurídico da empresa analisa os documentos para decidir quais os trâmites serão adotados”, finaliza o texto.

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