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Abstenções demonstram a fragilidade de nossa democracia
30/11/2020 às 08:01 Ler na área do assinante![Foto ilustrativa](https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/uploads/fotos/650x0_1606734377_5fc4d22985f03.jpeg)
Foto ilustrativa
Com o número tão alto de abstenções, não há dúvidas em se reconhecer que na prática o voto JÁ É facultativo no Brasil.
É óbvio que isso deixa claro que grande parte da população não quer mais participar do processo político porque não se sente representada por nenhum candidato.
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Então, o que falta, agora, é aprovar uma lei mudando o código eleitoral para transformar em caso de INVALIDADE das eleições a ausência de mais de 50% dos eleitores às urnas, com a obrigação de se fazerem novas eleições com candidatos diferentes - até que o vencedor se eleja sem uma abstenção de mais da metade dos eleitores.
Algum deputado tem que apresentar um projeto de lei neste sentido.
Assim deveria ser o sistema eleitoral. Aí sim o protesto do “não-voto” valeria a pena, pois mesmo que apenas 10% dos eleitores compareçam às urnas os candidatos serão eleitos, já que só se computam os votos válidos, na apuração. Do jeito que é, com abstenções maiores do que o número de votos conseguido pelo vencedor, a coisa serve apenas para nos revoltar cada vez mais, quando percebemos a fragilidade do sistema eleitoral.
Ora, a democracia é embasada no princípio da REPRESENTATIVIDADE DA MAIORIA. Se mais da metade dos eleitores não vota, não há representatividade alguma por parte de quem venceu.
Guillermo Federico Piacesi Ramos
Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).