Atas sigilosas demonstram que governo utilizou bancos públicos na campanha eleitoral
09/04/2016 às 20:15 Ler na área do assinantePor determinação ‘superior’ a direção da Caixa Econômica Federal, em 2014, durante a campanha eleitoral, simplesmente ignorou a recomendação de seu próprio Conselho de Administração.
O Conselho de Administração é o órgão de orientação dos negócios e serviços do banco, responsável por diretrizes, objetivos empresariais, monitoramento e avaliação dos resultados.
Tradicionalmente as orientações do órgão são obedecidas pela direção do banco.
A orientação do conselho, datada de 6 de junho de 2014, foi no sentido de que o banco deixasse de pagar benefícios, em função da falta de definição jurídica sobre a legalidade das operações.
O não pagamento dos benefícios, ou mesmo a discussão sobre a legalidade do pagamento, justamente naquela época, significaria fatalmente a derrota eleitoral da presidente Dilma Rousseff, em sua tresloucada busca pela reeleição.
Desta forma, como já dito, a direção da Caixa simplesmente ignorou a orientação do Conselho.
A informação que se tornou pública neste sábado (9), demonstra de maneira inequívoca, que o governo utilizou os bancos públicos com fins meramente eleitorais, durante as eleições de 2014.
Nesta segunda-feira (11) requerimentos deverão ser encaminhados pela Câmara dos Deputados pedindo que sejam enviadas cópias de todas as atas do Conselho de Administração da Caixa.
Tais informações poderão ser importantes no deslinde do processo de impeachment.
da Redação