Levy diz que retomada será lenta e que ICMS trava o crescimento
Para Levy, a retomada da economia brasileira será “lenta, tijolo a tijolo”.
02/06/2015 às 06:49 Ler na área do assinanteA equipe econômica da presidente Dilma Rousseff sinalizou que o Brasil ainda tem um longo caminho para retomar a trajetória de crescimento, em meio a um esforço fiscal, que deve levar pelo menos dois anos.
Em um evento organizado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), em Washington, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) disse que a economia mundial terá um crescimento lento persistente e que o Brasil está se preparando para enfrentar essa realidade.
Para Levy, a retomada da economia brasileira será “lenta, tijolo a tijolo”. “Se nós tomarmos as providências necessárias com rapidez, nós temos bastante chance de ver um segundo semestre, uma segunda metade do ano, mais favorável”, afirmou.
Questionado sobre o porquê de o resto da América Latina estar crescendo mais que o Brasil, o ministro disse que é hora de focar mais "em reformas do lado da oferta".
"Por bastante tempo, pensava-se que bastava apoiar a demanda, ter incentivos, mas isso não estava mais levando para a frente." Agora, segundo ele, é hora "para os preços ficarem no lugar certo".
Ele disse que é preciso facilitar o pagamento de impostos e voltou a falar de seu desejo em reformar o PIS-Cofins e o ICMS. Disse que o ICMS se tornou "uma trava para o crescimento". "Não traz mais dinheiro para os governadores e faz com que as empresas não queiram investir."