Um ato de barbárie, cometido por dois marginais travestidos de seguranças, contra um "ser humano"

Ontem um fato lamentável aconteceu em Porto Alegre, quando dois seguranças do supermercado Carrefour espancaram um homem até a morte, tendo inclusive a ação criminosa sido filmada.

Um ato de barbárie, de violência injustificada cometida por dois marginais travestidos de seguranças, e que foram presos e indiciados por homicídio triplamente qualificado. Realmente merecem uma condenação dura.

Há entretanto um porém. Todos os telejornais apresentaram a notícia como "Homem NEGRO é espancado até a morte por seguranças em supermercado".

Como assim "homem negro"?

Os jornais quiseram dar uma conotação de crime racial sem qualquer justificativa plausível pra isso.

Se no lugar dele estivesse um branco, o crime se daria da mesma forma, pois os agressores são dois marginais e desequilibrados!

Muito provavelmente não foi a cor do homem o fator determinante para que o fato ocorresse e tivesse o desfecho que teve.

Os mesmos telejornais que deram tanto destaque ao fato da vitima ser um "homem negro", noticiaram que policiais militares de Santo André espancaram covardemente um homem já rendido.

O policial que iniciou as agressões era negro e o homem em questão era branco, e isso também foi filmado, mas não vi em lugar nenhum qualquer referência à cor.

Então só é vítima quando é negro? Só é algoz quando é branco?

Para esse jornalismo mequetrefe que temos no Brasil não interessa o fato, mas a narrativa que ele pode produzir, e isso se chama desonestidade.

Não tento com isso negar que existe a desigualdade e que ainda temos sim inúmeros casos de racismo, sejam eles abertos ou velados. Mas, nem tudo pode servir como pretexto para se criar narrativas a respeito disso.

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