Desembargador, pai de ex-procurador de Olarte, tranca ação contra acusado de pedofilia

Ler na área do assinante

O golpe político praticado em Campo Grande, que culminou com a criminosa cassação do prefeito Alcides Bernal, teria tido a participação de desembargadores, dando no TJ, o respaldo que a organização criminosa desvendada pelo Gaeco e pela Polícia Federal, necessitava.

O fato é que, tão logo tomou posse, Gilmar Olarte nomeou como secretários municipais, dois filhos de desembargadores.  

Um dos magistrados supostamente envolvido, justamente o vice-presidente da corte estadual, Pascoal Carmelo Leandro – pai de Fábio Leandro, que foi o Procurador Geral do Município na gestão Olarte – está novamente envolvido em problemas extremamente incômodos e desconfortáveis para quem ocupa cargo de tamanha relevância.

Segundo matéria publicada no blog do jornalista Nélio Brandão (Blog do Nélio), o desembargador estaria protegendo um empresário milionário e pedófilo.

Ambos, Pascoal e o tal empresário, conhecido com Zeca Lopes, são amigos íntimos, segundo o jornalista.

Paschoal Carmelo Leandro trancou a ação contra Zeca.

Ainda de acordo com o blog, Zeca Lopes está denunciado por estupro de vulnerável por ter mantido relações com meninas de 11 e 13 anos de idade.

Ele é um dos principais clientes da agenciadora Rosélia Alves Soares, também conhecida como Rose, responsável por rede de exploração sexual delatada por Fabiano Viana Otero, que também denunciou ao Ministério Público o ex-vereador Alceu Bueno e o empresário Sérgio Assis pelos mesmos crimes.

Na denúncia do Ministério Público à Justiça que está sob sigilo ao qual o jornalista Nelio Brandão teve acesso, Zeca Lopes está sendo acusado de manter relações sexuais com duas meninas, que são irmãs, em dias diferentes.

Com cada uma delas ele se encontrou duas vezes, tudo organizado pela cafetina.

Todos os encontros se deram em motéis de Campo Grande.

A cafetina levava as menores em seu próprio veículo até o Motel, e ficava esperando na garagem do quarto enquanto o empresário Zeca Lopes mantinha relações sexuais com as pré-adolescentes.

Em relação a menor de 11 anos, nas duas vezes ele pediu que ela tirasse a roupa e ficou observando, segundo depoimentos que estão inseridos no relatório.

Já com relação a uma menor de 13 anos, ele manteve relação sexual com penetração por duas vezes.

Os dois casos são de estupro, sem dúvida. Ambas possuem menos de 14 anos.

Depois de denunciado o Zeca Lopes entrou com pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça e também pediu o trancamento da ação.

A liminar foi negada.

Ele insistiu no Superior Tribunal de Justiça. Também não conseguiu, foi negada.

Até que nesta quarta-feira (6), véspera da audiência na qual iriam ser ouvidas as menores na Justiça para confirmação do que foi apurado pelo Ministério Público, o empresário ingressou com uma Cautelar Inominada, pedindo que o Vice-presidente do Tribunal de Justiça, Paschoal Carmello Leandro, desse liminar suspendendo a ação penal.

Ignorando a decisão colegiada e a decisão no Superior Tribunal de Justiça que mandaram processar a ação, o vice-presidente entrou no mérito, de forma surpreendente dizendo que como não houve contato físico com uma das menores, portanto não haveria estupro. 

Bem, e com relação a outra menor, de 13 anos, que disse em seu depoimento ter se relacionado sexualmente com penetração com o empresário Zeca Lopes. Mentiu?

Estranhamente tal fato foi ignorado pelo nobre desembargador vice-presidente do Tribunal de Justiça de MS.

da Redação

Fonte: Blog do Nelio

                                         https://www.facebook.com/jornaldacidadeonline

Se você é a favor de uma imprensa totalmente livre e imparcial, colabore curtindo a nossa página no Facebook e visitando com frequência o site do Jornal da Cidade Online

da Redação Ler comentários e comentar