Reitor escolhido por Bolsonaro toma posse com agressões e é escoltado pela polícia (veja o vídeo)

13/11/2020 às 18:35 Ler na área do assinante

O professor Valdiney Gouveia, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), nomeado para o cargo de reitor da federal paraibana, para mandato de quatro anos, pelo presidente Jair Bolsonaro, teve que tomar posse escoltado pela polícia, no último dia 11.

No vídeo que circula na internet, feito por uma manifestante que fazia live ao vivo, é possível ver o professor e os convidados, chegando para a posse, em frente ao Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), sob “chuva de ovos” e muitas ofensas.

Apesar do protesto violento do grupo que gritava em frente ao hospital onde havia pessoas internadas, Gouveia foi empossado como novo reitor da Universidade. A posse foi dada pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, de forma remota. A cerimônia de transmissão de cargo contou com a presença de convidados do novo reitor e da vice, além da presença de diretores de Centro, o superintendente do HULW e o procurador federal na UFPB, Carlos Mangueira.

A ex-reitora da instituição, Margareth Diniz, também esteve no evento. Descontente com o resultado, ela disse:

“Cumpri o dever de entregar oficialmente o cargo. Agora a transição será com os pró-reitores e coordenadores que ficaram para efetivar essa ação”, explicou.

Embora chegar ao cargo de reitor tenha sido uma grande luta, nas redes sociais, o professor de carreira apaziguou o “ódio do bem” e disse que “para fazer uma Universidade grande só precisamos de você, que quer efetivamente estudar e trabalhar. Pedimos a Deus proteção e aos colegas união em favor da UFPB, não do Professor Valdiney Gouveia. Somos todos passageiros, a UFPB precisa ser nosso grupo, nosso partido, nossa casa".

É prerrogativa do presidente da República definir os nomeados para o cargo de reitor, após envio da lista com três nomes por parte da instituição. O presidente Jair Bolsonaro decidiu optar não pelo mais votado entre os três, mas por aquele que tivesse currículo ético e moral impecável para administrar uma universidade.

Confira: