Para que serve um marido?

03/04/2016 às 22:39 Ler na área do assinante

Não existe par perfeito, mas claro que dá para avaliar o potencial do pretendente antes de entrar com tudo em uma história de amor. 

Para checar se ele é ideal para você, gostaria de sugerir algumas virtudes que devem estar presentes na vida de um marido. 

Um marido ideal não se encaixa no perfil generalizado das mulheres, mas posso afirmar algumas características que tornam o homem, alguém que possa ser um virtual candidato a uma convivência a dois.

Para algumas mulheres, o fundamental é ser charmoso e agradável nas conversas; ser dedicado, responsável nos compromissos; ter caráter e saber o que quer da vida, principalmente quando decidir casar; ser fiel; ser um exemplo de pai para os filhos; ser muito carinho e verdadeiro em suas palavras; ser romântico, um homem misterioso em todas as noites de amor; ser limpo e zeloso, não dado aos caos domésticos; está pronto para assumir a casa e os filhos na ausência da mulher, ser gentil, batalhador, firme, íntegro, engraçado, equilibrado, companheiro, amoroso, 

O marido ideal também precisa de uma mulher ideal na sua vida. Não basta ele ter que ser perfeito, tem que ter a sua "cara-metade", aquela que vai aliviar na hora do erro, que vai entender quando você não consegue se realizar que te ama muito e de verdade ao ponto de: no momento da fraqueza carnal (a famosa traição ou escapadinha como vocês costumam dizer aos amigos chegados durante numa conversa de bar) essa mulher seja capaz de te perdoar e continuar te amando e te respeitando. 

Não é verdade, a afirmação que todo homem não sabe lidar com a sua própria casa, que desconhece o seu papel na relação.

Existem muitos maridos que são dedicados, responsáveis, que cuidam do lar, da família, que sabem exatamente o lugar onde tudo esta. 

Se há aqueles que não têm interesse em ajudar em casa, há outros, que, se esmeram em fazer faxina, compras, pagar dívidas, e ainda sobra um tempo para administrar a casa.

Sou contra a ideia de achar que todo homem seja potencialmente irresponsável quanto à vida e as tarefas do dia-a-dia.

Particularmente, meu universo pessoal é organizado, se alguém chegar a minha casa, vai ver limpeza por todos os lados, organização, e um escritório lindo com mais de mil livros, e miniaturas por todos os lados.

Gosto de colecionar carros (fuscas), motos, enfim, dentro deste universo que habito, sou potencialmente organizado e todos sabem que pode parecer exceção à regra, mas, odeio bagunça, sujeira, sou mesmo um cara que gosta de estar bem dentro de mim e fora também. 

Pra casar, o marido tem que ser homem mesmo. Não no velho sentido de dominar a mulher, mas no sentido de proteger, cuidar, apoiar e fazer com que mesmo que a mulher seja a mais moderna do mundo, sinta que precisa dos braços de um homem. Quem ama cuida de si, da família, e ainda é exemplo para os outros.

Certamente, a fórmula do amor perfeito, do casamento perfeito, da união perfeito, é algo inexistentes. Todos somos potencialmente falhos, e isso não significa afirmar que em tudo ou quase tudo somos um retrato do fracasso.

A ideia do erro existe sempre. Na verdade as pessoas estão mais apegadas ao medo de errar do que à lição que podem tirar com esse erro.

É bem verdade que não adiantará errar só por errar, se for pra errar que seja para aprender algo com o erro. O maior erro na vida do ser humano... É ter medo de errar. 

Praticamente todas as pessoas conhecem a expressão "errar é humano". Essa é uma verdade que independe de latitude, nacionalidade, etnia ou grupo socioeconômico. 

A forma pela qual pensamos, vemos e lembramos nos configura para errar, explica o jornalista. Somos inconscientemente distorcidos, rápidos para julgar por aparências e excessivamente confiantes quanto a nossas habilidades. Errar é aventurar-se pelo mundo, é buscar o novo. 

Quando cometemos um erro, nossa consciência pesa muito, e sentimos como se precisássemos de alguém para nos ouvir e tranquilizar, como a consequência de um erro qualquer pode nos ajudar a estimular mais a nossa mente; entramos em uma jornada de busca pelos motivos que nos fizeram errar.

Na verdade, sempre nos permitimos ser quem queremos ser nas palavras, nos pensamentos e nas ações. Talvez por isso, que estejamos tão vulneráveis a nós mesmos, inclusive ao direito de errar.

“De nada adianta a liberdade se não temos liberdade de errar. ” (Mahatma Gandhi).

Agora, o que não podemos é conviver de modo errado todo o tempo, e isto serve para a nossa relação com o cônjuge, enfim, não há qualquer pessoa digna de uma perfeição absoluta, mas, certamente, existem pessoas que buscam errar menos, talvez por entender que no jogo da vida, não há perfeição em nada.

Pio Barbosa Neto

Professor, escritor, poeta, roteirista.

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