Pandemia e manipulação midiática: Quem são, afinal de contas, os propagadores de fake News?

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Em julho/2020 publiquei um artigo aqui no JCO intitulado “Uso obrigatório de máscaras: uma agressão à liberdade e à saúde?”, no qual eu problematizava a obrigatoriedade do uso de máscaras. Tal texto foi precedido por outros, nos quais eu questionava insistentemente diversas medidas radicais adotadas contra a pandemia do coronavírus, especialmente o isolamento social forçado. E, a exemplo do que fiz nas demais publicações, também no caso das máscaras eu acrescentei diversas pesquisas que corroboravam minhas asserções.

O texto sobre as máscaras pode ser acessado aqui:

Posteriormente participei de uma ‘live’ da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), a qual tinha como tema “A conjuntura internacional no pós-coronavírus”. Em um ponto da conversa surgiu casualmente a questão das máscaras; e eu, então, fiz referências a alguns dos achados apresentados nos artigos que posteriormente foram colocados na descrição do vídeo.

Não obstante, qual não foi minha surpresa quando eu soube, algumas semanas depois, que diversos meios midiáticos tradicionais e de ampla abrangência estavam usando diversos adjetivos nada laudatórios contra mim, em uma nítida tentativa de “assassinar” minha reputação.

Fui citado e exposto em jornais televisivos (abertos e fechados) e outros de alcance nacional. Além dos adjetivos usados contra mim se destacava uma acusação em particular: eu estaria propagando ‘fake News’.

Confesso que fiquei inicialmente surpreso com os ataques justamente a essa fala minha. Afinal, na descrição do vídeo (posteriormente retirado da plataforma pelo Youtube) havia as devidas referências bibliográficas das quais retirei as informações que citei.

Mas, em um segundo momento passei a refletir sobre a situação e a ver esse exemplo, do qual fui protagonista, como uma tipificação do atual estado de coisas em que vivemos, no qual a liberdade está cada vez mais cerceada. Não apenas isso, tal exemplo mostrou que vivemos em um momento profundamente obscurantista.

Aliás, esses dois aspectos estão associados. Afinal, a ciência (assim como a civilização), para prosperar, necessita de dissenso, de embates teóricos, etc. Na medida em que se pretende hegemonizar posturas supostamente científicas a ciência deixa de ser ciência e se torna dogma.

O momento atual nos oferece alguns exemplos dramáticos: temos diversos cientistas altamente relevantes (o que inclui um laureado com o prêmio Nobel) questionando o isolamento social forçado, mostrando não apenas sua ineficiência, mas talvez seus prejuízos inclusive à saúde (sem falar na destruição que tal isolamento causou à economia e às vidas das pessoas); temos dezenas de artigos robustamente embasados cientificamente demonstrando a eficiência do uso precoce da hidroxicloroquina no tratamento contra o coronavírus; e, claro, temos pesquisas alertando para o possível problema do uso obrigatório de máscaras por pessoas saudáveis.

Não obstante, uma narrativa obscurantista, dogmática, simplesmente decidiu, arbitrariamente, impedir (sim, estão efetivamente impedindo) o debate e a apresentação de pesquisas que estejam em acordo com as posições citadas acima (contrárias ao isolamento e à obrigatoriedade do uso de máscaras e em favor do uso da hidroxicloroquina no tratamento precoce da Covid-19).

E foi assim que o vídeo em que expus a questão das máscaras foi deletado da plataforma do Youtube. E também foi assim que, por dias, fui atacado de forma torpe por diversos meios midiáticos. O fato é que, se postarmos pesquisas científicas que estejam em acordo com as posições acima, elas serão deletadas sem qualquer justificativa, em uma clara rejeição das evidências apresentadas.

Sem embargo, como tenho insistido ao longo dos últimos anos (por exemplo, em diversos textos publicados aqui no JCO desde 2018), temos acompanhado um cada vez mais rijo cerceamento de nossas liberdades por uma visão dogmática, centralizadora. Todo aquele que ouse usar de sua liberdade (ainda que oferecendo razões, remetendo a fatos, etc) é, hoje, duramente perseguido, eventualmente “cancelado”. É nesse contexto que Jornais como o JCO têm sofrido perseguições das mais diversas formas, bem como que plataformas como a do Brasil Paralelo têm sofrido os mais diversos tipos de ataques, tentativas criminosas de desmonetização, etc.

Jornalistas declarados conservadores, como Lacombe e Rodrigo Constantino, também são alvo de agressões, campanhas difamatórias, etc, como ocorreu recentemente com esse último por conta de sua manifestação sobre um suposto caso de estupro: após um coordenado ataque sua fala foi, segundo ele, distorcida, e ele se tornou um pária nos meios de comunicação, tendo sido demitido de três empresas.

Vejam: estamos diante de um contexto de perseguição à liberdade, à individualidade. As consequências dessa perseguição para a ciência e para a prosperidade civilizatória são nefastas. Foi criada uma espécie de novo ‘Index Librorum Prohibitorum’. Mas tal ‘index’ não se restringe a livros, uma vez que abarca toda ideia que não se encaixe na “narrativa oficial”. Não importa quão bem alicerçadas estejam nossas ideias e argumentos. Também não importa que elas estejam em acordo profundo com a realidade.

Toda ideia, ainda que bem fundada, uma vez em desacordo com a “narrativa oficial”, será denominada de “fake News”.

Observem que os mesmos que me acusaram de propagar “fake News” simplesmente ignoraram as referências bibliográficas que indiquei. Nenhum de meus agressores fez qualquer referência ao conteúdo dos artigos que citei. A exemplo do que costuma ocorrer com os ataques que sofro, meus perseguidores recorreram mais a adjetivos sórdidos do que a argumentos.

Contudo, apesar do sombrio estado de coisas vigente ainda temos indivíduos dispostos a usar de sua liberdade de expressão, nos assegurando algumas vozes de bom senso em um meio tão corrompido pela mentira. Não apenas isso, ainda temos meios de comunicação de imensa abrangência, como JCO, que servem como veículos para a liberdade e para o bom senso.

Foi nesse sentido que também tive espaço, no Burke Instituto Conservador, para a gravação de um BurkeCast no qual pude expor mais detalhadamente o problema da manipulação midiática no contexto da pandemia:

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