O quanto a candidata tem a esconder?

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Manuela d'Ávila, candidata à prefeitura de Porto Alegre, está sendo acusada - e a Justiça Eleitoral recebeu a denúncia formal - de esconder o seu candidato a vice, Miguel Rosseto.

O jogo eleitoral tem suas regras. E uma delas é que o candidato a vice (eleição majoritária) apareça ao menos 30% do tempo de propaganda em rádio e TV. E Rosseto, segundo a denúncia, não aparece!

Há ainda um detalhe, que não é objeto da denúncia, mas merece atenção: nas inserções em rádio e TV, o nome da coligação (PCdoB & PT) é falado em alta velocidade, praticamente ininteligível a quem escuta.

Que nexo há entre uma coisa e outra?

Ora, o PT, desmascarado na Lava Jato, é hoje conhecido por ter seus maiores líderes condenados por corrupção. E Rosseto, vice de Manuela, é petista de raiz (seja lá o que isso signifique).

São dois lances: tirar visibilidade de Rosseto; e dificultar ao público o conhecimento da coligação.

Além de camuflar o PT, que é mais que Manuela d'Ávila desejará afastar da percepção dos porto-alegrenses?

É da natureza do comunismo a total falta de transparência, assim como o autoritarismo mais exacerbado: é uma ditadura totalitária.

Por que haveria de ser transparente a comunista Manuela d'Ávila?

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Renato Sant'Ana

Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br

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