A ditadura socialista de Daniel Ortega: Brutal, cruel e violenta, integrante do Foro de São Paulo
05/11/2020 às 14:07 Ler na área do assinanteSabemos que a mídia progressista nunca fala absolutamente nada sobre as opressivas e despóticas narco-ditaduras socialistas da América Latina. De vez em quando, algumas matérias — que jamais são realistas, factuais ou condenatórias — são publicadas sobre Cuba e Venezuela, mas raramente a mídia publica alguma coisa sobre a Nicarágua, que também é uma ditadura socialista brutal, cruel e violenta, que integra o Foro de São Paulo e é financiada pela Internacional Socialista.
Apesar da Nicarágua ser um diminuto país da América Central — que possui uma população de aproximadamente seis milhões e meio de habitantes —, a nação é etnicamente diversificada.
Apesar do espanhol ser a língua oficial, existem vários grupos de populações nativas espalhadas pelo país, que falam línguas como garifuna, sumo, rama e misquito, entre outros idiomas, o que faz a nação ser culturalmente multifacetada.
Não obstante, toda a população deste pequeno país sofre com a opressão, a intimidação e a brutalidade de uma agressiva e degradante tirania, que raramente recebe atenção por parte da imprensa ou da comunidade internacional.
Sabemos perfeitamente porque isso acontece. A imprensa internacional é totalmente parcial porque possui inclinações assumidamente progressistas, e jamais se atreve a contestar o socialismo, o comunismo, o globalismo ou qualquer ideologia ativamente venerada, sacralizada e adorada pelo establishment.
Quem comanda esta pequena nação da América Central é Daniel Ortega, o deplorável e depravado tirano socialista que governa a nação com truculência e brutalidade desde 2007, e que jamais hesita em demonstrar — sempre que julga necessário — que possui a crueldade, a prepotência e a malevolência típicas dos narco-ditadores latino-americanos.
Como a maioria dos políticos de esquerda, Daniel Ortega começou sua trajetória como revolucionário, sendo integrante — e depois presidente — da Frente Sandinista de Libertação Nacional, um grupo de guerrilheiros que lutava contra a ditadura militar de Anastasio Somoza, o governante do país nas décadas de 1960 e 1970. Em 1974, Daniel Ortega viajou até Cuba, para receber treinamento das milícias revolucionárias do ditador Fidel Castro.
Depois de deflagrar com êxito uma revolução de esquerda no final da década de 1970, os sandinistas conseguiram derrubar o governo militar e rechaçar Anastasio Somoza do poder, que fugiu para o Paraguai. Lá, ele foi assassinado em setembro de 1980. Em 1979, o governo americano começou a financiar os contras — grupos de rebeldes contrarrevolucionários —, que lutaram ativamente contra os sandinistas, no que eventualmente se transformou em uma das mais trágicas e sanguinárias guerras civis da história da América Latina.
Logo depois da revolução, Daniel Ortega se tornou um dos líderes emergentes do novo partido revolucionário. Em 1979, ele governou o país como integrante da Junta de Reconstrução Nacional. De 1985 a 1990, ele governou a nação como presidente. Em 1990, Daniel Ortega perdeu as eleições para Violeta Chamorro, que se tornou-se presidente, e governou o país até 1997.
Como todo sociaista, Daniel Ortega ficou obcecado pelo poder, e queria voltar a governar o país. Sem jamais desistir, ele disputou todas as eleições presidenciais subsequentes, a de 1996, a de 2001 e a de 2006, obtendo a vitória nesta.
Em 2007, portanto, ele voltou a ocupar o cargo máximo do poder executivo, e lá permanece até o presente momento, tendo fraudado as eleições de 2011 e 2016 para permanecer no poder, da mesma maneira que Maduro tem fraudado as eleições na Venezuela para se perpetuar como o ditador da república narco-bolivariana; esta tem sido uma estratégia comum do Foro de São Paulo para que seus líderes se perpetuem indefinidamente no poder. A organização segue a máxima de Walter Ulbricht — o primeiro ditador da Alemanha Oriental Comunista —, que dizia "deve parecer democrático, mas devemos controlar tudo".
Se tornando o líder máximo de governo em 2007, Ortega permanece como o presidente da Nicarágua até o presente momento. Ele usa as mesmas estratégias e prerrogativas que o ditador venezuelano Hugo Chávez usou para se perpetuar no poder, como fraude e manipulação do resultado das eleições, controle total do exército, das forças policiais e de todo o aparato de repressão estatal, e a concessão de privilégios e cargos políticos a familiares e pessoas de sua confiança, para garantir o seu controle total sobre a nação.
Desta maneira, Daniel Ortega consolidou na Nicarágua uma onipotente e poderosa oligarquia controlada por ele, que comanda todo o país.
A mesma coisa aconteceu na área econômica. Todas as principais empresas foram estatizadas, e transformaram-se em poderosos conglomerados, que são basicamente monopólios controlados pelo ditador e pela sua família.
Sem nenhuma liberdade econômica, para o restante da população da Nicarágua só restou miséria e pobreza. Ou seja, há mais de uma década, a Nicarágua definha na estagnação atroz do socialismo, que concentra todas as riquezas nas mãos dos poucos que estão no poder, e condena o resto da sociedade a ter que sobreviver nos abcessos da mais degradante e deplorável precariedade.
Para intimidar os cidadãos e as pessoas que se opõem à ditadura, Daniel Ortega armou e financiou agressivas milícias populares, que aterrorizam ativamente todas as pessoas que ousam desafiar ou contestar a tirania governamental. Elas operam de maneira muito similar aos colectivos da Venezuela, que aterrorizam, torturam e matam todos aqueles que ousam se opor a ditadura narco-bolivariana.
Em 2018, essas depravadas e cruéis milícias leais ao ditador se tornaram ainda mais violentas e implacáveis, quando protestos colossais contra a ditadura foram deflagrados no país inteiro. Essas milícias passaram a reprimir com truculência e brutalidade a população, cometendo verdadeiras chacinas, assassinando civis inocentes e cidadãos desarmados em cruéis e nefastos atos de brutalidade e terrorismo estatal institucionalizados, que — depois de matar mais de quinhentas pessoas, prender centenas e ferir quase três mil — constituíram-se em iníquos e sórdidos crimes contra a humanidade.
Evidentemente, nos raros casos em que se manifestou, a grande mídia omitiu as terríveis atrocidades executadas pelo regime assassino de Daniel Ortega. Todos esses crimes, no entanto, foram ativamente denunciados pela Anistia Internacional, pela Organização dos Estados Americanos e pela Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, apesar de sua pouca repercussão.
No dia 30 de maio de 2018 — que é o dia das mães na Nicarágua —, mais de trezentas mil pessoas compareceram às ruas da capital, Manágua, em uma homenagem às mães dos estudantes mortos nos protestos dos dias anteriores. Apesar destas pessoas estarem realizando uma manifestação pacífica, a ditadura nesta ocasião mostrou mais uma vez as garras de sua opressiva e desumana truculência, quando a polícia e as forças de repressão do regime atacaram com brutalidade os manifestantes, em um evento que se tornou conhecido como "o massacre do dia das mães". Nesse dia, dezesseis pessoas foram mortas, e oitenta e oito ficaram feridas. Durante o resto do ano, a Nicarágua passou por turbulentas e inquietantes conflagrações civis.
Foi nessa deplorável onda de desmesurada brutalidade e violência sem limites que a estudante brasileira de medicina Raynéia Gabrielle Lima foi morta, sendo assassinada a tiros pelo paramilitar Pierson Gutiérrez, em 23 de julho de 2018. A fatalidade teria acontecido porque ela simplesmente passou acidentalmente com o seu carro em um local onde estavam ocorrendo protestos.
O assassino era integrante de um grupo paramilitar responsável por reprimir — em caráter extraoficial — manifestações contra a ditadura.
Pierson Gutiérrez chegou a ser preso, julgado e sentenciado a quinze anos de prisão pelo assassinato da jovem estudante. No entanto, o assassino cumpriu apenas um ano de prisão, e ironicamente, foi solto exatamente um ano depois do crime. Gutiérrez foi liberado com base em uma lei de anistia elaborada e aprovada pelo próprio Daniel Ortega. O Itamaraty emitiu um parecer repudiando a anistia do assassino, e a família da vítima anunciou que iria recorrer da decisão judicial.
Infelizmente — sempre disposto a ir até as últimas consequências para se manter no poder —, não há absolutamente nada que Daniel Ortega não esteja disposto a fazer. Como todos os seus colegas narco-ditadores do Foro de São Paulo, Ortega não cansa de oferecer sempre que possível demonstrações do seu insaciável apetite por violência, hostilidade e crueldade sem limites.
Tiranete brutal, opressivo, depravado e violento, Ortega está sempre disposto a cometer todo o tipo de atrocidades para se perpetuar no poder. Para tanto, seu objetivo é oprimir insurgentes, perseguir dissidentes e até mesmo assassinar pessoas inocentes, de forma contínua e implacável.
Dentre suas vítimas mais recorrentes, estão jornalistas, que evidentemente sempre foram alvos prioritários da ditadura. A mídia e a imprensa independentes são ostensivamente atacadas, agredidas e reprimidas com brutalidade na Nicarágua. Salas de redação de jornais independentes já foram vandalizadas e destruídas pelas forças opressivas da ditadura.
Recentemente — para institucionalizar ainda mais a opressão contra a imprensa —, o ditador aprovou uma lei que pune quem publicar e difundir Fake News com até quatro anos de prisão. Presumivelmente, um comitê completamente controlado pelo governo irá decidir o que é ou não Fake News. Ou seja, a ditadura de Daniel Ortega vai começar a definir o que é ou não verdade.
Nem mesmo a própria família escapa da truculência e da voracidade maligna do ditador. Em 1998, Daniel Ortega foi acusado de abusar sexualmente de sua enteada — Zoilamérica Ortega Murillo — de forma sistemática por anos.
Ela chegou a publicar um relatório de 48 páginas, onde descrevia como e de que maneira ocorreram os abusos. Como todo o sistema judiciário nicaraguense está em plena sujeição ao ditador, no entanto, as acusações da vítima nunca foram levadas a sério, e nem mesmo chegaram a virar inquéritos. Zoilamérica teve que recorrer a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para ser ouvida, mas posteriormente ela foi forçada a retirar formalmente as acusações.
Não obstante, ela continuou a declarar-se vítima dos abusos sexuais cometidos por Daniel Ortega durante anos em sua infância e adolescência, e por essa razão ela acabou sendo rejeitada por sua família. Atualmente, ela trabalha como consultora para uma organização humanitária na Costa Rica. Confirmando seu caráter maligno e criminoso, Humberto Ortega, o próprio irmão do ditador, denunciou o seu governo como sendo brutal, tirânico, maligno e autoritário.
Um homem sádico, brutal e impiedoso, Daniel Ortega é um indivíduo disposto a fazer absolutamente tudo pelo poder, como qualquer ditador. No comando do país há mais de doze anos — apesar de todos os tumultos, de todas as conflagrações, de todas as revoltas populares e de toda a instabilidade política e econômica das quais a Nicarágua sofre sob o tirânico regime de Daniel Ortega —, nada indica que o ditador deixará o poder, ao menos em um futuro próximo. Infelizmente, sua tirania ainda pode se prolongar por um considerável período de tempo.
Ditadores, de fato, geralmente são derrubados em revoluções, pois só é possível rechaçá-los do poder através da força. Foi desta maneira que os sandinistas depuseram o ditador Anastasio Somoza. E provavelmente, essa será a única maneira pela qual Daniel Ortega poderá ser defenestrado do poder. Ortega invariavelmente se revelou um ditador mais cruel e opressivo do que aquele que ele ajudou a depor.
Esses fatos evidenciam, para quem quiser ver, que todos aqueles que perseguem avidamente o poder político estão demasiadamente suscetíveis a tornarem-se autocratas opressivos, violentos e egocêntricos.
Sempre que psicopatas experimentam o poder, não querem mais renunciar à posição de senhores e soberanos dos destinos de todos aqueles que estão sob o seu controle. Afinal, a política é a arte de perpetuar e institucionalizar agressões sistemáticas contra terceiros, chanceladas pela lei e pela constituição. Se quem está no poder é um socialista, a tirania praticada será sempre para perpetuar um projeto de poder, justificado em nome "do bem comum", da "vontade popular" e "da justiça social".
É possível que homens como Daniel Ortega tenham começado suas trajetórias revolucionárias como sonhadores idealistas ávidos em mudar o mundo. Ou talvez indivíduos desta estirpe nunca tenham sido absolutamente nada além de deploráveis e cínicos demagogos populistas, sendo o poder político absoluto o seu único grande objetivo desde o princípio.
Wagner Hertzog
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